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Cosmópolis

David Cronenberg

Érico Fuks Publicado em 13/09/2012, às 10h26 - Atualizado às 10h30

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Pattinson é um milionário excêntrico - Divulgação
Pattinson é um milionário excêntrico - Divulgação

Microcosmo de carro de luxo é usado para retratar sociedade paranóica

Dizer que o cinema de Cronenberg é esquisito soa redundante. Mas não dá para ficar indiferente à sua maneira irônica, distorcida e hiperbólica de enxergar a sociedade. Diferentemente do comedido Um Método Perigoso, seu trabalho anterior, aqui o diretor volta a misturar questões existenciais com violência gratuita em doses homeopáticas. O lettering inicial, que diz que a moeda da economia um dia será um rato, dá uma boa ideia de sua visão decadente. Eric Packer (Pattinson) é um milionário que passa a maior parte de seu tempo dentro de uma limusine, um bunker social, metáfora para o isolamento de classes. Com sua obsessão por cortar o cabelo do outro lado da caótica Nova York, encontra no caminho pessoas excêntricas, que discursam sobre visões pessimistas e teorias da conspiração. Cosmópolis nasceu pra incomodar. A câmera bem próxima ao rosto do protagonista traz um desconforto e uma intimidade que não existem. Quando se afasta, o plano aberto em um ambiente claustrofóbico mostra o ridículo da ostentação diante de um cenário falido.

Elenco: Robert Pattinson, Juliette Binoche e Paul Giamatti