Produtores do Metal Open Air são denunciados pelo Ministério Público do Maranhão

Organizadores do festival deverão responder pelos crimes de estelionato e indução do consumidor a erro

Redação

Publicado em 15/04/2013, às 20h21 - Atualizado às 20h26
Show de cerca de 1h30 teve clássicos e a íntegra do disco <i>Countdown to Extinction</i>, lançado há 20 anos - Thais Azevedo
Show de cerca de 1h30 teve clássicos e a íntegra do disco <i>Countdown to Extinction</i>, lançado há 20 anos - Thais Azevedo

A 2ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor do Maranhão denunciou os organizadores do Metal Open Air, que foi realizado de forma parcial em abril de 2012, por crimes de estelionato e indução do consumidor, na sexta-feira, 12.

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Luiz Felipe Negri de Mello e Natanael Francisco Fereira Júnior organizaram o festival que estava marcado para os dias 20, 21 e 22 daquele mês, no ano passado, mas que acabou cancelado por falta de estrutura e bandas que não compareceram por falta de pagamento.

A promotoria pede o congelamento dos bens de ambos os produtores assim como das respectivas empresas, Negri Produções Artísticas e Lamparina Produções.

O festival, com veia metaleira, foi anunciado como o maior do gênero nas Américas, tinha programado até a vinda do ator Charlie Sheen como convidado especial. Haviam sido anunciadas 47 bandas, nacionais e internacionais. Dentre as maiores, apenas o Megadeth (foto) tocou.

Os valores dos ingressos variaram entre R$ 250 a R$ 850. Ao todo, foram vendidos 7.865 ingressos e arrecadados R$ 1.982.955.

O MP do Maranhão quer a condenação dos produtores por danos morais e materiais causados pelos consumidores, com a devolução dos valores pagos e outras despesas, todos atualizados, e quer o pagamento de uma indenização no valor de R$ 2 milhões, montante que será revertido ao Fundo Estadual de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor.

Na ação, a promotora Lítia Cavalcanti cita a falta de comunicação vinda do próprio festival, que não anunciou o oficialmente o seu fim, algo que só ficou claro quando funcionários começaram a desmontar os palcos. "Somados todos estes fatores, o resultado foi o total desastre do evento, maculando, a cidade de São Luís, o Maranhão e o Brasil", escreveu ela.