25 Melhores Músicas Nacionais de 2008

1 – Janta
Marcelo Camelo e Mallu Magalhães

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A receita clássica das duas melodias (e letras) em contraponto, que se conversam e se desconversam, não poderia ser mais apropriada para narrar esta história de um amor em fase de descoberta, que já nasce consciente de que pode não durar para sempre – “Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá.” Ao contrário do que se acredita, Camelo compôs sozinho as melodias e a letra bilíngüe. Mallu Magalhães só emprestou seu timbre elegantemente arranhado e um bocado de inspiração para que a canção fizesse aflorar tamanho nível de sinceridade. O arranjo é um primor de tão cru: não há nada além das vozes, dos dois violões (o próprio Camelo no outro) e de milhares de intenções rondando no ar, revelando-se em cada silêncio e suspiro

2 – Samba e Leveza
Lenine

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Composta a partir de escritos deixados por Chico Science (mostrados a Lenine pela irmã de Chico, Goretti), a faixa é beleza única, que só poderia ser resultado do encontro de dois mestres que não tiveram tempo de firmar uma parceria ao vivo.

3 – J1
Mallu Magalhães

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“Tchubaruba” pode ser a marca registrada, mas “J1” é ainda mais pegajosa. Na singela melodia, que ganhou amplitude quando foi incluída em um comercial de TV, Mallu confessa ser “esquisita e estranha”. É ela que está dizendo…

4 – Rat Is Dead (Rage)
CSS

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Nada de frivolidade dançante: o primeiro single de Donkey é um rock direto com influência do grunge. A letra, paranóica, é marcada por um incessante “I know, I know”. E, quando a banda se junta para cantar a sinistra frase “rat is dead”, dá até pra sentir medo do pessoal do CSS.

5 – Desabafo
Marcelo D2

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O refrão – um sampler da voz da cantora Claudia no samba “Deixa eu Dizer”, de 1973 – é daqueles difíceis de tirar da cabeça, e incrementa aquilo que D2 faz de melhor: mistura de samba com batidas dançantes, linha de baixo cheia de suingue e rimas recorrentes em seu “cancioneiro”.

6 – Amendoim
Macaco Bong

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A música que define o som do trio instrumental de hard rock de Cuiabá: uma longa jam com timbre de blues, múltiplas passagens, muita distorção… Jimi Hendrix e Rush ficariam orgulhosos.

7 – Quinta-Feira
Forgotten Boys

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A banda se notabilizou por cantar em inglês, mas aqui se arriscou em português: Gustavo Riviera pilota a voz neste rock cru e direto sobre um sujeito que passa uma semana inteira movido a aditivos.

8 – Dê
Cérebro Eletrônico

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O título se refere a expressões que transitam entre o inocente e o sacana, as quais não encontram contexto separadamente. Mas, para Tatá Aeroplano, uma palavra é suficiente para se fazer uma bela canção pop.

9 – Compacto
Curumin

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Em um misto de samba, rock e soul, o baterista compositor caprichou na filosofia da malandragem para compor uma das faixas mais desencanadas do ano.

10 – Vermelho
Guizado

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A trilha sonora inevitável de um pesadelo urbano e surrealista. Não faltam cores e texturas à experiência lisérgica do multiinstrumentista paulistano: batida hipnótica, riffs sintetizados em seqüência e assustadores esporros de trompete.

11 – Síncope Jãobim
Tom Zé

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Carregada de ironia e lirismo, a letra faz um inventário dos personagens da bossa nova e relembra como era a MPB antes do aparecimento do “bim-bom” de João Gilberto.

12 – Tchubaruba
Mallu Magalhães

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Não se sabe se Mallu tentou compor ao estilo da “feel good music” dos anos 60, mas é essa a sensação resultante da audição desta suave balada pueril sobre aproveitar as boas coisas da vida.

13 – Chão
Skank

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O baixo entra pesado, a guitarra é barulhenta e o riff é quase metaleiro: composta em uma jam, é a faixa que melhor define o atual estilo – festeiro e pesado – da banda de Belo Horizonte.

14 – Sanctuary
Cavalera Conspiracy

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É a materialização de um desejo – tanto dos fãs quanto dos irmãos Cavalera – que parecia nunca tornar-se realidade: o reencontro da bateria frenética de Iggor com a voz apocalíptica de Max. A química entre a dupla, pelo menos, o tempo não conseguiu afetar.

15 – Comer na Mão
Chico Cesar

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O paraibano assume sua vocação de forrozeiro neste xote poético, que mostra como um tradicional ritmo nordestino pode se relacionar amigavelmente com o reggae jamaicano.

16 – Ela Tem a Beleza Que Nunca Sonhei
Pedro Luís e a Parede e Zeca Pagodinho

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O pandeiro, o violão de Paulão 7 Cordas e a participação de Serginho Trombone fazem a cama para a voz de Zeca Pagodinho, convidado de mais um samba universal da PLAP.

17 – Monstro Invisível
O Rappa

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A letra desta criação coletiva é vaga, mas critica o “Monstro invisível que comanda a horda”, mais uma referência aos perigos que rondam as comunidades que eles tanto estimam.

18 – Banda Larga Cordel
Gilberto Gil

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Em seu papel de defensor das tradições, mas conectado às tecnologias, o ex-ministro reinveste num tema inaugurado no velho hit “Pela Internet”, em uma mistura de cordel, sertão e mundo digital.

19 – Mais Tarde
Marcelo Camelo

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O ex-Los Hermanos parece até ter escrito a lânguida e dolorida melodia em uma tarde de brisa em uma praia deserta. O clima semi-acústico e o vocal quase em falsete dão o charme especial.

20 – Move
CSS

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Como um hit dos anos 80 convertido para este século, este é um convite sensual de Lovefoxxx a um mergulho sem volta em uma pista de dança abafada.

21 – Enladeirada
3 na Massa e Thalma de Freitas

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Em meio a atrizes recitando letras-poemas com vozes roucas, Thalma é soberana quando canta “dentro de mim você vai morar”, no melhor momento de um dos grandes discos brasileiros do ano.

22 – Slaying Steel
Krisiun

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A abertura de Southern Storm é uma amostra do alto nível de brutalidade, evolução técnica e artística do trio gaúcho – sem dúvida, o mais competente grupo de metal extremo da atualidade.

23 – Lema
Ney Matogrosso

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Escrita por Carlos Rennó e Lokua Kanz, a canção, inédita, define com perfeição o estado de espírito do sempre jovial intérprete.

24 – A Falta (Que Me Faz)
Udora

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Ao deixar o inglês de lado, o quarteto não só assumiu as raízes, como ampliou o alcance de sua música e provou ter potencial radiofônico – como nesta faixa de altas guitarras e refrão empolgante.

25 – Perdizes
Do Amor

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Hit das paragens indie, representa bem o som do grupo carioca que não tem pudores em juntar infl uências consideradas nada cool – como carimbó e outros ritmos nordestinos – à música pop.