Entenda a lei que ampara decisão de Klara Castanho em entregar recém nascido para adoção

A Chamada “Lei da Adoção” garantiu direito de Klara Castanho, vítima de abuso sexual, a entregar recém-nascido para adoção

Redação

Anitta (Foto: Pedro Fiúza/NurPhoto/Sipa USA/AP) e Madonna (Foto: Evan Agostini/Invision/AP)
Anitta (Foto: Pedro Fiúza/NurPhoto/Sipa USA/AP) e Madonna (Foto: Evan Agostini/Invision/AP)

Klara Castanho, atriz de 21 anos, publicou uma carta aberta no último sábado, 24
para esclarecer boatos sobre sua gravidez. Na carta, Castanho explica que engravidou após sofrer abuso sexual e decidiu entregar a criança para adoção. 

Em publicação no Instagram, a atriz afirma que antes do nascimento da criança, entrou em contato com um advogado e levou o caso a uma audiência no Ministério Público. Klara Castanho se apoiou na chamada “Lei da Adoção” (13.509/2017) que garante a entrega voluntária de uma criança ou recém-nascido caso a gestante não se considere capaz de assumir a guarda.

O direito é garantido e acompanhado pela Justiça da Infância e Juventude. É necessário apenas que a gestante manifeste o interesse e explique sua situação. Além disso, a justiça também garante sigilo absoluto de todo o processo.

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“(…) E não são apenas vítimas de abuso sexual ou que podem ingressar com o pedido. A mulher pode apenas manifestar o interesse em entregar a criança para a adoção voluntariamente. Ela vai ser encaminhada e ouvida por uma equipe profissional da Justiça da Infância e da Juventude e depois para a rede pública de saúde e assistência”, explica o advogado Gilberto Nascimento.

A legislação inclusive tem como objetivo evitar casos de aborto ilegal ou abandono de incapaz. A mudança no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ocorreu em 2017.

“Poucas pessoas sabem dessa alteração, e é bom porque pode evitar práticas ilegais que acontecem no Brasil; como abandonos e adoções irregulares. Além disso, a lei garante sigilo absoluto em todo o processo e somente o adotado tem o direito de conhecer sua origem biológica após os 18 anos,”explica Gilberto.

 

 
 
 
 
 
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 Música e protesto 

A discussão sobre a legalização do aborto ganhou atenção nas redes sociais nas ultimas semanas. Na última sexta-feira, 24, a Suprema Corte dos Estados Unidos derrubou a decisão de Roe v. Wade, contestação judicial que garantia o direito aborto nos EUA.

No sábado seguinte, Olivia Rodrigo fez um cover de “Fuck You” ao lado de Lily Allen. As duas dedicaram a canção aos cinco juízes responsáveis pela revogação do Roe v. Wade.

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A apresentação aconteceu durante o Festival Glastonbury, na Inglaterra, neste final de semana. “Eu queria dedicar a próxima música aos cinco membros da Suprema Corte que nos mostraram que, no final das contas, eles realmente não dão a mínima para a liberdade. Esta música vai para os juízes: Samuel Alito, Clarence Thomas, Neil Gorsuch, Amy Coney Barrett, Brett Kavanaugh. Nós odiamos vocês!” disse Lily Allen durante o show. Confira abaixo.

 

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