Por que o Måneskin lançou música com nome de assassino de John Lennon
“Mark Chapman”, canção em italiano, faz parte do álbum mais recente do Måneskin
Redação
Em meio às várias músicas que compõem a tracklist de RUSH!, álbum mais recente do Måneskin, está uma faixa com título que desperta curiosidade. Trata-se de “Mark Chapman”, canção batizada com o nome do homem que assassinou John Lennon em 1980.
A letra, escrita em italiano, aborda o comportamento de um fã compulsivo que coloca em risco a vida do próprio ídolo. Trechos como “Ele te quer em perigo; Porém te chama de ídolo” e “E você pode encontrá-lo na esquina com uma faca na mão; Porque você não respondeu a mensagem dele, mas ele jura que te amava” deixam clara a temática abordada pela faixa, a 12ª faixa de RUSH!.
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O que levou o Måneskin a colocar o nome de um dos assassinos mais conhecidos da história da música em uma de suas músicas? Em entrevista à Guitar Player, a baixista Victoria De Angelis explicou a motivação por trás.
Sentimos que a mídia tende a glamourizar assassinos e outras pessoas más – quase como se fossem legais ou algo assim. Queríamos retratar as coisas como elas são.”
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A temática voltou a ser debatida nos últimos tempos após a série Dahmer: O Canibal Americano (2022) ter se tornado um dos grandes sucessos da Netflix no último ano. A produção, que conta a história do serial killer Jefrrey Dahmer, responsável pela morte de 17 homens e garotos entre 1978 e 1991, gerou discussão na mídia por ‘glamourizar’ a trajetória de um criminoso doentio, ainda que a obra busque deixar claro o quão erradas eram as atitudes de Dahmer.
Måneskin e Beatles
Ainda durante a entrevista, Victoria De Angelis expressou sua admiração pelos Beatles enquanto banda. A baixista deixou claro que tanto ela quanto seus colegas entendem o tamanho e a popularidade do grupo, ainda que não fossem nascidos no período em que John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr trabalhavam juntos.
Sim, somos jovens, mas como músicos entendemos o que os Beatles fizeram. Eles [ Beatles] promoveram algumas das maiores mudanças que a música já viu. Eles mudaram toda a cultura. Se não fosse por eles, provavelmente não faríamos o que fazemos. O que tocamos é muito diferente deles, mas nos inspiramos neles. Eles são ícones do car#lho e eu os admiro muito.”