Em Busca de Novos Rumos

Membros remanescentes do Gram formam novo projeto

Leonardo Dias

Gram: o fim é o começo?
Gram: o fim é o começo? - Rui Mendes

No início do mês passado, os fãs do Gram foram surpreendidos por um epitáfio no site oficial da banda – a imagem de uma lápide com os dizeres “Gram – 2003-2007”. “Para o público, pode ter parecido algo repentino, mas já fazia um pouco mais de três meses que as coisas não estavam funcionando entre nós”, explica o guitarrista Marco Loschiavo. “O Sérgio [Filho, vocalista] não estava tendo tempo para alguns compromissos da banda, como divulgação e alguns shows. Pensamos até em substituí-lo, mas é um tiro no pé mudar de vocalista. Estatisticamente não dá certo.”

Procurado pela Rolling Stone, Sérgio preferiu não dar declarações. O grupo paulistano, que conseguiu reconhecimento com um disco independente (Gram, de 2004), e lançou o segundo (Seu Minuto, Meu Segundo, 2006) pela Deckdisc, encerrou suas atividades fulminado pela incompatibilidade de agenda dos integrantes.

Em contrapartida, Loschiavo, o baixista Marcello Pagotto e o baterista Fernando Falvo – que formavam a cozinha rítmica do Gram ao lado do guitarrista Luiz Ribalta – aproveitaram o mesmo anúncio para informar que a jornada musical, ao menos para eles, não terminou. “Estamos formando uma nova banda, até porque tocamos há muito tempo juntos e rola aquele entrosamento para as coisas darem certo. Estamos ensaiando e temos dez músicas prontas. Mostramos algumas para o João Augusto [presidente da DeckDisc] e ele gostou”, revela Falvo.

Encontrar um vocalista é a prioridade e o desafio no recomeço. “Recebemos demos e o fã-clube tem ajudado também. Não importa o sexo para a gente, mas na parte técnica tem que ser igual, ou melhor, que o Sérgio”, completa Pagotto.

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