A fortuna que o Red Hot Chili Peppers deve embolsar com venda de catálogo
Representantes da banda americana estariam em negociações avançadas e valores convertidos em reais podem chegar a marca bilionária
Igor Miranda (@igormirandasite)
Mais um nome consagrado da música deve entrar na lista de vendedores do próprio catálogo. O Red Hot Chili Peppers pretende passar adiante os direitos de suas gravações — e o valor, como esperado, é bastante chamativo.
Conforme apuração da Billboard, o material seria vendido à Warner Music Group por US$ 350 milhões (quase R$ 2 bilhões na cotação atual e em transação direta). O acordo representaria, na verdade, um acréscimo aos US$ 140 mi que o grupo já havia recebido, em 2021, pelos direitos de publicação de suas canções — neste caso, a aquisição foi feita pela Hipgnosis Songs. Na soma, portanto, a negociação envolveria US$ 500 mi.
Imagina-se que o grupo esteja ofertando toda a sua obra, embora não se tenha certeza se eles têm os direitos das masters dos quatro primeiros álbuns — The Red Hot Chili Peppers (1984), Freaky Styley (1985), The Uplift Mofo Party Plan (1987) e Mother’s Milk (1989) —, lançados pela EMI. Com a chegada dos anos 1990, eles migraram para a Warner e de lá não saíram mais.

Ainda segundo a Billboard, estima-se que o investimento possa gerar US$ 20 milhões anuais de lucro bruto à empresa. Em função disso, é possível que o valor total da negociação seja reduzido, tendo em vista que a companhia responsável pela compra demoraria muito tempo para recuperar o valor.
Até o momento, as partes envolvidas não se manifestaram.
Tendência de venda de catálogos
Nos últimos cinco anos, a imprensa especializada passou a noticiar cada vez mais vendas de catálogo por artistas e bandas de renome — ou, no caso de músicos falecidos, seus respectivos espólios. Algumas das negociações mais caras envolvidas incluem:
- Queen (2024), US$ 1,2 bilhão;
- Michael Jackson (2024), US$ 600 milhões (por 50%, estimando a obra em um total de US$ 1,2 bilhão);
- Bruce Springsteen (2021), US$ 500 milhões;
- Pink Floyd (2024), US$ 400 milhões;
- Phil Collins e Genesis (2022), US$ 300 milhões;
- Sting (2023), US$ 300 milhões;
- Paul Simon (2021), US$ 250 milhões;
- Katy Perry (2023), US$ 225 milhões;
- Justin Bieber (2023), US$ 200 milhões.
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