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A fortuna que o Red Hot Chili Peppers deve embolsar com venda de catálogo

Representantes da banda americana estariam em negociações avançadas e valores convertidos em reais podem chegar a marca bilionária

Igor Miranda (@igormirandasite)

Red Hot Chili Peppers em 2025
Red Hot Chili Peppers em 2025 - Red Hot Chili Peppers - Foto: Anna Webber / Getty Images

Mais um nome consagrado da música deve entrar na lista de vendedores do próprio catálogo. O Red Hot Chili Peppers pretende passar adiante os direitos de suas gravações — e o valor, como esperado, é bastante chamativo.

Conforme apuração da Billboard, o material seria vendido à Warner Music Group por US$ 350 milhões (quase R$ 2 bilhões na cotação atual e em transação direta). O acordo representaria, na verdade, um acréscimo aos US$ 140 mi que o grupo já havia recebido, em 2021, pelos direitos de publicação de suas canções — neste caso, a aquisição foi feita pela Hipgnosis Songs. Na soma, portanto, a negociação envolveria US$ 500 mi.

Imagina-se que o grupo esteja ofertando toda a sua obra, embora não se tenha certeza se eles têm os direitos das masters dos quatro primeiros álbuns — The Red Hot Chili Peppers (1984), Freaky Styley (1985), The Uplift Mofo Party Plan (1987) e Mother’s Milk (1989) —, lançados pela EMI. Com a chegada dos anos 1990, eles migraram para a Warner e de lá não saíram mais.

Red Hot Chili Peppers - Foto: Anna Webber / Getty Images
Red Hot Chili Peppers – Foto: Anna Webber / Getty Images

 

Ainda segundo a Billboard, estima-se que o investimento possa gerar US$ 20 milhões anuais de lucro bruto à empresa. Em função disso, é possível que o valor total da negociação seja reduzido, tendo em vista que a companhia responsável pela compra demoraria muito tempo para recuperar o valor.

Até o momento, as partes envolvidas não se manifestaram.

Tendência de venda de catálogos

Nos últimos cinco anos, a imprensa especializada passou a noticiar cada vez mais vendas de catálogo por artistas e bandas de renome — ou, no caso de músicos falecidos, seus respectivos espólios. Algumas das negociações mais caras envolvidas incluem:

  • Queen (2024), US$ 1,2 bilhão;
  • Michael Jackson (2024), US$ 600 milhões (por 50%, estimando a obra em um total de US$ 1,2 bilhão);
  • Bruce Springsteen (2021), US$ 500 milhões;
  • Pink Floyd (2024), US$ 400 milhões;
  • Phil Collins e Genesis (2022), US$ 300 milhões;
  • Sting (2023), US$ 300 milhões;
  • Paul Simon (2021), US$ 250 milhões;
  • Katy Perry (2023), US$ 225 milhões;
  • Justin Bieber (2023), US$ 200 milhões.

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Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Começou em 2007 a escrever sobre música, com foco em rock e heavy metal. É colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022 e mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, revista Roadie Crew, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram e outras redes: @igormirandasite.
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