ESTREIA

A música que o Offspring guardou para tocar pela 1ª vez no Brasil

Banda inicia nesta semana uma turnê de cinco datas ao lado de Sublime, Rise Against, The Damned, Amyl & the Sniffers e The Warning

Igor Miranda (@igormirandasite)

Offspring (Noodles e Dexter Holland) ao vivo em 2024
Offspring (Noodles e Dexter Holland) ao vivo em 2024 - Foto: Jeremychanphotography / Getty Images

O Offspring vem ao Brasil nesta semana para realizar cinco shows. Com ares de festival itinerante, a banda promove o novo álbum Supercharged (2024) e toca uma longa lista de clássicos tendo a abertura de Sublime, Rise Against, The Damned, Amyl & the Sniffers e The Warning.

O lineup completo, com todas as bandas, poderá ser assistido em São Paulo e Curitiba. Já em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre, o grupo formado por Dexter Holland (voz e guitarra), Noodles (guitarra), Todd Morse (baixo), Brandon Pertzborn (bateria) e Jonah Nimoy (guitarra) irá se apresentar com algumas das “atrações colegas”. Confira abaixo o itinerário anunciado:

  • 5 de março: Offspring + Amyl & The Sniffers no BeFly Hall, Belo Horizonte
  • 6 de março: Offspring + Sublime + Rise Against na Farmasi Arena, Rio de Janeiro
  • 8 de março: Offspring + Sublime + Rise Against + The Damned + Amyl & the Sniffers + The Warning no Allianz Parque, São Paulo
  • 9 de março: Offspring + Sublime + Rise Against + The Damned + Amyl & the Sniffers + The Warning na Pedreira Paulo Leminski, Curitiba
  • 11 de março: Offspring + The Warning no Pepsi On Stage, Porto Alegre
  • Ingressos à venda no site Eventim

O que esperar dessas apresentações? Em entrevista à Rolling Stone Brasil, Noodles evitou dar detalhes mais específicos do repertório que o Offspring tocará no Brasil. Porém, ele adiantou que a banda deve incluir músicas diferentes em relação à visita para o Lollapalooza 2024 — e revelou ter posições rotativas no setlist, o que pode favorecer mudanças de canções entre cidades.

“Quando se tem um novo álbum, o desafio é encontrar o que funciona ao vivo. Além disso, encontrar faixas menos conhecidas de outros discos que podem ser adicionadas. Invariavelmente, vamos deixar de tocar a favorita de alguém. Estávamos em Montreal e um cara realmente queria ouvir a faixa-título do álbum Smash (1994). Daí ele apareceu e gritou comigo no bar depois do show: ‘Por que vocês não tocam ‘Smash’? P#rra!’. E então saiu correndo. (Risos) Uau, cara, desculpe! Não dá para tocar todas as músicas.”

Ao que tudo indica, a única certeza é: “Come to Brazil” será tocada. Lançada como um dos singles de Supercharged, a faixa brinca com os típicos comentários feitos por internautas brasileiros nas redes sociais de artistas e bandas, pedindo por visitas ao país. A canção, que ate agora nunca foi executada ao vivo, ainda poderá ganhar um videoclipe ao vivo gravado nesses shows.

O guitarrista comenta:

“Nenhum outro país tem fãs que escrevem ‘come to my country’ (‘venha para o meu país’). Só o Brasil. E é o tempo todo. Acho que vocês estão começando a entender e não fazem isso tanto, mas foi um fenômeno engraçado para nós. ‘Come to Brazil’, são só três palavras, é tão simples, mas passa a mensagem. Não importa o que postássemos. ‘Feliz aniversário, Dexter’? Resposta: ‘Come to Brazil’. ‘Gostaríamos de anunciar que estamos chegando ao Brasil’. Resposta: ‘Come to Brazil’. Então, esta música é uma carta de amor irônica para nossos fãs brasileiros.”

Noodles, guitarrista do Offspring (Foto: Kristy Sparow / Getty Images)
Noodles, guitarrista do Offspring – Foto: Kristy Sparow / Getty Images

 

Offspring, Noodles e “Come to Brazil”

Noodles também relembrou o processo de composição, marcado por dois pontos inusitados. Primeiro, a ordem dos fatores: em uma rara movimentação dentro de seus padrões, a banda começou pela letra e só depois seguiu para a parte musical. Segundo, a sonoridade: “Come to Brazil” é inclinada ao thrash metal e não ao punk rock melódico típico do grupo.

“Começamos com a letra. Aí, decidimos ter um pouco de thrash metal, pois metal acelerado é uma parte tão grande do Brasil, do Sepultura e coisas assim. Então, fizemos os versos assim. No refrão, precisávamos de algo estilo ‘hino’ para cantar junto. E aí tivemos a parte do ‘olê olê’ no final, como um canto de futebol. Construímos a música em torno da ideia da letra, sendo que normalmente fazemos o contrário — geralmente a letra vem por último.”

>>>>> A íntegra da entrevista com Noodles está disponível na Rolling Stone Brasil.

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Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Começou em 2007 a escrever sobre música, com foco em rock e heavy metal. É colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022 e mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, revista Roadie Crew, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram e outras redes: @igormirandasite.
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