Por que Curitiba tem recebido mais shows internacionais de grande porte

Durante muitos anos, Rio de Janeiro era destino garantido nas turnês de artistas internacionais. Contudo, em tempos mais recentes, a capital fluminense deixou de estar na rota de shows. Curitiba tem ocupado esta lacuna ao tornar-se atrativa para boa parte dessas excursões.

Offspring e Sting, por exemplo, tocaram no início deste ano na Pedreira Paulo Leminski, espaço de ampla infraestrutura. Já o Estádio Couto Pereira, com capacidade para quase 40 mil pessoas e localização estratégica, recebeu Bruno Mars no início de novembro de 2024, Olivia Rodrigo em março último e sediará shows do System of a Down e Avenged Sevenfold, além do festival I Wanna Be Tour, entre outros.

A explicação está na economia. Conforme apontado pela revista via Veja, a redução do Imposto Sobre Serviços (ISS) de 5% para 2%, proposta em 2017, barateou a realização de eventos culturais.

A pesquisa Cultura nas Capitais, feita pela consultoria JLeiva, revelou um aumento de 38% para 40% na presença em shows na capital. Além disso, a rede hoteleira comprova essa questão: durante a passagem de Olivia Rodrigo pela cidade, a ocupação chegou a quase 100%, segundo relatório do Sindicato das Empresas Promotoras de Eventos do Estado do Paraná (Sindiprom), Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) e Federação do Turismo do Estado do Paraná (Feturismo).

De acordo com Hélio Pimentel, CEO dos Parque das Pedreiras Jaime Lerner, a retomada de atividades na Pedreira Paulo Leminski tem papel estratégico para o aumento de shows de grande porte na cidade. Após uma reforma na década de 1980, o espaço seguiu sem atividades do meio dos anos 90 até 2012. À Veja, ele disse:

“Diante desse movimento que se iniciou em 2012, nós começamos a ver quais seriam as ações importantes para sensibilizar ainda mais o mercado. Fomos até o prefeito na época, Rafael Greca, e expusemos a importância dessa questão. Levamos informações sobre como abrir mão desses 3% do ISS que foi reduzido, sobre o impacto enorme que teria na economia.”

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