5 curiosidades sobre O Iluminado, que completa 45 anos em 2025

Em 23 de maio de 1980, O Iluminado, terror dirigido por Stanley Kubrick (Laranja Mecânica) baseado no livro do autor Stephen King, estreva nos cinemas dos Estados Unidos. Hoje em dia, o longa que tem Jack Nicholson (Os Infiltrados) e Shelley Duvall (Popeye) nos papéis principais é um dos mais aclamados do gênero.

Confira a seguir cinco curiosidades para celebrar os 45 anos que a obra completa em 2025:

Como estão as gêmeas hoje em dia?

Uma das sequências mais tensas do filme é o momento em que o garotinho Andy (Danny Lloyd) passeia com seu triciclo pelos corredores do Hotel Overlook e dá de cara com as gêmeas Grady, primeiro com elas paradas de pé, depois, esquartejadas e ensanguentadas – cena que, segundo elas, Kubrick levou mais de uma semana para definir como seria filmada.

Lisa e Louise Burns têm hoje 57 anos e O Iluminado foi o único filme da carreira delas. Elas escolheram outros caminhos para o futuro profissional: Lisa é advogada, enquanto a irmã Louise é uma cientista com pesquisas publicadas. Vale destacar que, no livro de Stephen King, as personagens têm 8 e 10 anos, mas Kubrick alterou isso no roteiro, graças a isso, elas conseguiram os papéis.

Quarto 237

No livro de Stephen King, o quarto icônico do Hotel Overlook é enumerado como 217, no entanto, para o filme, isso foi mudado. Stanley Kubrick atendeu a um pedido do dono do hotel Timberline Lodge, onde O Iluminado foi filmado. Ele temia que as pessoas não alugassem o quarto 217 por causa do filme, então, o número foi alterado para 237, inexistente no hotel.

Stanley Kubrick e seu perfeccionismo

O diretor Stanley Kubrick era tão perfeccionista que acabou traumatizando a atriz Shelley Duvall, intérprete de Wendy. A cena em que ela é atacada por Jack com um bastão de beisebol foi repetida 127 vezes até que ele se convencesse de que ficara boa. O momento, inclusive, entrou para o Guinness Book, o livro dos recordes, por tantas repetições.

O labirinto não existe no livro

O labirinto de sebes de O Iluminado é mais uma das criações da mente perfeccionista de Stanley Kubrick. O cenário não está presente na obra original de Stephen King e no longa é essencial, já que ali acontece a tensa sequência final na qual Jack Torrance persegue seu filho Danny.

Reza a lenda que a cena levou um mês inteiro para ser filmada porque a equipe se perdia e não conseguia acompanhar os atores. O próprio diretor chegou a se perder no local algumas vezes. Para criar o labirinto invernal da cena final, foram utilizadas 900 toneladas de sal, além de isopor. 

Stephen King odeia o filme

Um dos maiores detratores da versão de Stanley Kubrick é o próprio autor da obra original, Stephen King. O romancista não se agrada pelas diversas mudanças que Kubrick fez na trama, principalmente em seu final, assim como a forma com que os personagens são apresentados.

Para o autor, Jack é um homem comum que ama a família e lentamente se rende a loucura, coisa que Nicholson não representa. Ele diz que o Jack Torrance do filme já começa quase louco, prestes a explodir a qualquer momento, o que fica ainda mais exacerbado na interpretação de Nicholson.

Já o autor elogia Shelley Duvall como “impressionante e comprometida”, mas a representação de Wendy no filme é uma personagem fraca, na opinião dele: “Ela está lá basicamente só para gritar e se comportar de maneira estúpida. E essa não foi a mulher que escrevi.”

Além disso, Stephen King diz que o longa não tem compaixão pelos personagens, já que altera a índoles deles, principalmente de Jack, e se torna uma experiência “mórbida, superficial e falsa”. Ele classifica o final do filme “niilista demais”, pois, enquanto no livro Jack se sacrifica e obtém sua redenção, no filme, o personagem de Nicholson morre congelado tentando perseguir a mulher e o filho.

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