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O melhor filme de herói do século 21, segundo New York Times

Mais de 500 profissionais da indústria cinematográfica foram convidados para votarem em suas escolhas pessoais e formarem a lista

Henrique Nascimento (@hc_nascimento)

O melhor filme de herói do século 21, segundo New York Times
O melhor filme de herói do século 21, segundo New York Times - Divulgação/Warner Bros. Pictures

O The New York Times reuniu mais de 500 profissionais da indústria cinematográfica, incluindo diretores, atores e atrizes ao redor do mundo, para votarem nos 100 melhores filmes do século 21. Mesmo ainda cercados de preconceito por parte da indústria, os filmes de super-heróis ganharam espaço na lista, conquistando duas posições.

O primeiro deles foi Pantera Negra, longa estrelado por Chadwick Boseman (1976-2020) e lançado em 2018, dois anos antes da morte do ator, vítima de um câncer. A produção poderia ser apenas mais uma incursão aleatória pelo vasto Universo Cinematográfico da Marvel, mas Ryan Coogler (Pecadores), responsável pelo roteiro e a direção do filme, transformou a introdução de T’Challa na franquia em uma emocionante e empoderadora celebração da cultura negra.

Não é à toa que o grito de guerra dos wakandanos, “Wakanda para sempre!”, tornou-se um símbolo de identificação e resistência, eternizado na cultura pop. Também não foi por acaso que Pantera Negra fez história ao ser o primeiro filme de herói indicado ao Oscar de Melhor Filme e, eventualmente, ao conquistar a 96ª posição na lista do The New York Times.

Porém, o melhor filme de herói do século 21, segundo o jornal norte-americano, é Batman: O Cavaleiro das Trevas. Segundo capítulo da trilogia de Christopher Nolan (A Origem), a produção ficou marcada pela atuação impecável de Heath Ledger (O Segredo de Brokeback Mountain) como o vilão Coringa, e também a sua morte, apenas alguns meses antes do lançamento do longa.

Repentina, a partida de Ledger — que venceu o Oscar póstumo de Melhor Ator Coadjuvante pela interpretação — chocou o mundo, especialmente por, supostamente, estar ligada à sua intensa preparação para viver o personagem, que custou a sua saúde física e mental. 

“Fiquei sentado em um quarto de hotel em Londres por um mês, me tranquei nele, escrevi um diário e testei várias vozes. Era importante tentar encontrar uma que fosse icônica e uma risada. Acabei parando no lado da psicopatia. [O Coringa] é alguém com pouca consciência dos seus atos. Ele é um sociopata absoluto, um palhaço assassino de sangue frio”, afirmou o ator [via site Igor Miranda].

Anos depois, no documentário Too Young to Die (2012), o pai do ator, Kim Ledger, revelou o que encontrou no diário escrito pelo filho. “Foi difícil ler aquilo. Ele entrou na pele do personagem, era algo típico do Heath. Ele fazia isso, ele gostava de viver seus personagens, mas neste caso, foi além do limite”, relembrou.

Além do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante —o único da breve carreira do ator, morto aos 28 anos —, Ledger é destaque na lista do The New York Times, que colocou Batman: O Cavaleiro das Trevas na 28ª posição:

“O maior trunfo do filme é Heath Ledger, cujo desempenho impressionante como o Coringa estabeleceu para sempre o padrão para os supervilões subsequentes”, diz a resenha.

FONTE: The New York Times

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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas, em São Paulo, Henrique Nascimento começou como estagiário na Veja São Paulo e passou por veículos como SBT, Exitoína, Yahoo! Brasil e UOL antes de se tornar coordenador do núcleo de cinema da Editora Perfil, que inclui CineBuzz, Rolling Stone Brasil e Contigo.
TAGS: Batman: O Cavaleiro das Trevas, Chadwick Boseman, Christopher Nolan, heath ledger, Pantera Negra, Ryan Coogler