O músico que nem foi à despedida do Black Sabbath, mas acabou criticado mesmo assim
Artista vem sendo acusado por várias mulheres de ter cometido abuso sexual nos últimos anos; ele nega e, até o momento, não foi denunciado formalmente
Guilherme Gonçalves (@guiiilherme_agb) com pauta de Igor Miranda
Dentre os vários vídeos exibidos no telão do festival Back to the Beginning no último sábado, 5, bem como na transmissão online da despedida do Black Sabbath, um gerou repercussão negativa: o de Marilyn Manson.
Ao contrário de outros artistas que foram exaltados ao demonstrarem seu carinho e afeto pela banda, Marilyn Manson foi criticado por fãs presentes no Villa Park, em Birmingham, Inglaterra, e também por internautas.
Nos últimos anos, o músico tem enfrentado acusações de abuso sexual. Diversas mulheres relataram terem sido vítimas de Manson, cujo nome verdadeiro é Brian Warner. Ele nega e, até o momento, não foi denunciado formalmente (entenda melhor o caso no decorrer do texto).
No vídeo em homenagem a Ozzy Osbourne e ao Sabbath (via NME), Manson aparece falando:
“É uma grande honra estar aqui por meio deste vídeo. Eu gostaria de parabenizá-los. Eu te amo muito, Ozzy.”

No entanto, relatos da mídia britânica apontam que fãs presentes no estádio vaiaram e/ou deram as costas no momento do vídeo. Em postagens nas redes sociais, destacadas pela Billboard, as reações também foram negativas e hostis.
Um internauta escreveu:
“Eca, Marilyn Manson fazendo uma aparição na transmissão do Sabbath. F***-se esse cara, ele é um estuprador de merda.”
Outro comentou:
“Marilyn Manson na transmissão do Black Sabbath, f***-se. É uma vergonha que ele esteja neste show excepcional do Sabbath”.
Recentemente, Marilyn Manson teve um show, marcado para outubro em Brighton, na Inglaterra, cancelado após pressão de ativistas e políticos ingleses. A informação foi divulgada pelo NME (via site Igor Miranda).
Marilyn Manson investigado, mas não denunciado
Até o momento, porém, Marilyn Manson ainda não foi denunciado formalmente. Em janeiro, a promotoria de Los Angeles, nos Estados Unidos, informou que não iria formalizar acusações criminais contra o músico após concluir uma investigação que durou quatro anos.
Segundo o promotor da cidade, Nathan J. Hochman, parte das denúncias está prescrita e outras não tiveram comprovação.
Veja o que diz parte do comunicado (via Loudwire):
“Determinamos que as alegações de violência doméstica estão fora do estatuto de limitações e não podemos provar acusações de agressão sexual além de qualquer dúvida razoável. Reconhecemos e aplaudimos a coragem e a resiliência das mulheres que se apresentaram para fazer denúncias e compartilhar suas experiências, e agradecemos a elas por sua cooperação e paciência com a investigação. Embora não possamos apresentar acusações neste assunto, reconhecemos que a forte defesa das mulheres envolvidas ajudou a trazer maior conscientização sobre os desafios enfrentados por sobreviventes de abuso doméstico e agressão sexual.”
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