Stellan Skarsgård critica Ingmar Bergman: ‘Chorou quando Hitler morreu’
Ator Stellan Skarsgård chamou o cineasta de manipulador, além de defender Lars von Trier após escândalo em Cannes
Giulia Cardoso (@agiuliacardoso)
Durante o Festival de Cinema de Karlovy Vary, o ator sueco Stellan Skarsgård (Andor) falou abertamente sobre a sua trajetória no cinema e relembrou parcerias com cineastas como Lars von Trier e Ingmar Bergman, sem poupar críticas a um dos maiores nomes da história do cinema sueco.
“Minha relação com Bergman era complicada. Ele era um bom diretor, mas uma pessoa terrível”, afirmou. “Foi nazista durante a guerra, é a única pessoa que conheço que chorou quando Hitler morreu. A gente passava pano, mas ele manipulava as pessoas e achava que algumas não eram dignas.”
Skarsgård esteve no evento para apresentar o drama Sentimental Value, o proximo filme de Joachim Trier (A Pior Pessoa do Mundo, 2021), em que interpreta Gustav, um diretor de cinema ausente, que tenta se reconectar com as filhas por meio de um novo projeto. O longa venceu o Grande Prêmio do Júri em Cannes e entrou na corrida pelo Oscar.
Amizade com Lars von Trier: “Eu amo o homem”
Skarsgård também relembrou sua longa parceria com Lars von Trier, com quem trabalhou em filmes como Ondas do Destino (1996), Dançando no Escuro (2000), Dogville (2003) e Melancolia (2011). Apesar das polêmicas, ele defendeu o cineasta: “Ele não é misógino. Os personagens femininos são ele mesmo.”
Sobre o escândalo no Festival de Cannes, quando Trier foi declarado persona non grata após uma piada mal interpretada envolvendo nazismo, o ator foi direto: “Todos sabiam que ele não era nazista. Ele contou uma piada ruim, só isso.”
FONTE: VARIETY
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