MITO OU VERDADE?

Caixão de Raul Seixas quase foi levado de seu velório para o bar?

No 8º episódio e último episódio da série, fãs invadem o velório de Raul Seixas e tentam levar o caixão do artista para “passear, fumar e tomar uma”

Angelo Cordeiro (@angelocordeirosilva)

Caixão de Raul Seixas quase foi levado de seu velório para o bar?
Caixão de Raul Seixas quase foi levado de seu velório para o bar? - Reprodução/YouTube

Raul Seixas: Eu sou, série original Globoplay produzida pela O2 Filmes, já está disponível no streaming da Globo com a promessa ambiciosa de retratar um personagem tão complexo como o cantor baiano, falecido em agosto de 1989 e aqui interpretado por Ravel Andrade (Serra das Almas).

No 8º episódio e último episódio da série, intitulado Eu Nasci Há 10 Mil Anos Atrás, uma cena curiosa é exibida: trata-se do velório do cantor sendo invadido por fãs que tentaram levar o seu caixão para o bar. A cena realmente aconteceu na vida real? Saiba a seguir:

Do que se trata a série?

Estrelada por Ravel Andrade, a série conta com oito episódios e percorre as décadas de 1970 e 1980, período mais intenso da carreira de Raul Seixas. Em comunicado, o ator comentou sobre a experiência de interpretar o músico (via O Globo):

“Eu tive a honra e o privilégio de interpretar o Raulzito, de embarcar nessa viagem profunda, de mistura de gêneros. Ele era um cara transgressor, um artista genial da nossa música. A série mostra toda a história dele, dos 18 anos até os últimos dias de vida. Tem muito hit de Raul Seixas, os clipes e shows famosos. Tenho certeza que quem assistir vai embarcar em uma viagem interestelar, assim como foi a vida de Raul Seixas.”

Quem está no elenco?

Além de Andrade, o elenco traz João Pedro Zappa (Gabriel e a Montanha), Amanda Grimaldi (Macabro), Carol Abras (Alguma Coisa Assim), Julia Stockler (A Vida Invisível), Chandelly Braz (Abraço de Mãe), Cyria Coentro (Impuros), Jaffar Bambirra (Ricos de Amor) e Julio Andrade (Serra Pelada), que faz participação especial. A série foi criada por Paulo Morelli.

Raul Seixas: Eu sou foi selecionada para a competição oficial do Series Mania, um dos mais importantes festivais internacionais dedicados a séries. Foi a primeira produção brasileira a integrar a mostra principal do evento, realizado na França.

“É a primeira vez que uma série brasileira é selecionada para este festival, então acho que dá um gostinho ainda maior de estrear neste festival, estrear com Raul e levar a história do Raul Seixas para a França e para o mundo. Acredito que ele é um ícone brasileiro, uma pessoa ilustre, um artista único e inigualável, o pai do rock. Ter uma série indicada e ainda ser sobre o Raul Seixas, é algo que me deixa duplamente feliz”, afirma Ravel Andrade (via gshow).

Afinal, o caixão de Raul Seixas quase foi levado de seu velório para o bar?

Por mais absurda que a cena possa parecer, ela realmente aconteceu! Marcelo Nova, vocalista do Camisa de Vênus, amigo e parceiro musical de Raul, classificou o fato como “surreal” em entrevista dada para André Barcinski.

Durante a cerimônia, realizada em igreja dentro do cemitério, em Salvador, uma multidão invadiu o local gritando “Viva a sociedade alternativa!”, tomou o caixão nos braços e tentou levá-lo embora. Marcelo lembra com incredulidade: “Eles queriam levar o corpo de Raul pra passear, pra fumar maconha, pra enfiar baseado na boca dele!

Ele conta ainda que os fãs, agitados, gritavam: “Raul não morreu! Ele tá vivo! Vamos levar ele pra tomar uma!” A situação quase saiu do controle total, até que um dos fãs, também tomado pela emoção, bradou: “Marceleza tem razão mesmo, porra, nós viemos aqui pra honrar o cara, não é pra fazer festa não!

O mesmo fã ajudou a conter o tumulto, acalmando a massa e impedindo que o corpo de Raul fosse levado. “Esse cara, que eu nunca tinha visto e que nunca mais encontrei, foi quem acalmou a multidão e conseguiu que Raul fosse enterrado. Se não fosse por ele, juro que não sei o que teria acontecido,” conta Marcelo.

Ainda assim, a comoção continuou. “Tinha gente que se jogava no meio do caminho: ‘Não enterre Raulzito!’”, relembra Marcelo, destacando o caráter quase ritualístico daquele momento. Mesmo em meio ao absurdo, a mãe de Raul manteve o espírito do filho vivo na memória: “Marcelo, se Raul pudesse ver isso, ele ia adorar!

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Angelo Cordeiro é repórter do núcleo de cinema da Editora Perfil, que inclui CineBuzz, Rolling Stone Brasil e Contigo. Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas, escreve sobre filmes desde 2014. Paulistano do bairro de Interlagos e fanático por Fórmula 1. Pisciano, mas não acredita em astrologia. São-paulino, pai de pet e cinéfilo obcecado por listas e rankings.
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