Ator revela que foi demitido de ‘Emily em Paris’ “sem sequer um telefonema”

Durante sua participação no Festival de Cinema Marateale, realizado na cidade de Maratea, na Itália, o ator britânico Rupert Everett (O Casamento do Meu Melhor Amigo) não poupou palavras ao comentar temas como correção política, representação LGBTQIA+ no cinema e sua experiência recente com a série Emily in Paris, da Netflix. Segundo ele, foi demitido da produção “sem sequer receber um telefonema”.

Sobre sua saída de Emily in Paris, Everett, que viveu o designer de moda Giorgio Barbieri no quarto ano da série, foi sucinto, mas incisivo: “Me demitiram sem nem um telefonema. Simples assim.” Ele não deu detalhes sobre o papel que interpretaria na série nem os motivos da decisão.

Everett, que ao longo da carreira já denunciou episódios de homofobia em Hollywood, apontou o que vê como uma nova forma de limitação artística: “Hoje, se você é homossexual, tem que interpretar uma espécie de santo. Não pode fazer um vilão ou um serial killer, porque dizem que é uma imagem ruim para a comunidade”.

O ator também criticou o que considera uma “cultura da vitimização” e o excesso de politização nas artes. “Tudo virou político. Heterossexualidade é política. Homossexualidade é política. O MeToo é político. Raça é política. Tudo precisa ser politicamente correto, e isso é um desastre”, declarou.

O ator, que iniciou a carreira no teatro britânico e ganhou projeção internacional com o filme Another Country (1984), refletiu ainda sobre as diferenças entre gerações. Para ele, os jovens de hoje são incentivados a “seguir seus sonhos” sem a devida exigência de esforço: “Na minha época, para ser ator, era preciso muito mais trabalho. Acho que isso era melhor.”

Fonte: Vanity Fair

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