‘Carlota Joaquina’ é ‘arte pura, sem preocupação de ser julgada’, define elenco
Longa de Carla Camurati celebra 30 anos de lançamento com versão remasterizada que segue em cartaz nos cinemas brasileiros
Angelo Cordeiro (@angelocordeirosilva)
Carlota Joaquina, Princesa do Brazil, marco da Retomada do Cinema Brasileiro nos anos 1990, completa 30 anos em 2025 e já está em cartaz nos cinemas em cópia remasterizada, reafirmando sua atualidade e potência criativa.
Ousado e irreverente, o primeiro longa dirigido por Carla Camurati e produzido por ela e por Bianca de Felippes conquistou o público com sua crítica bem-humorada à formação do Brasil, aliada a uma linguagem estética inovadora.
A volta aos cinemas
Em entrevista exclusiva com Rolling Stone Brasil, os atores Marieta Severo (A Grande Família), Marco Nanini (Greta), Marcos Palmeira (O Homem que Desafiou o Diabo) e Ludmila Dayer (Vida de Menina), refletiram sobre a experiência intensa de revisitar o filme e a sintonia criativa conduzida pela direção de Carla Camurati.
Eles ressaltaram como o longa marcou suas carreiras e contribuiu para a retomada do cinema brasileiro, além de enfatizar o impacto da obra em reviver a história do Brasil de forma envolvente, com cenas que continuam poderosas na tela grande e uma linguagem que permanece atual e provocativa. Confira a entrevista completa:
Do que se trata o filme?
A narrativa se passa entre o fim do século XVIII e o início do século XIX. Aos dez anos, Carlota Joaquina é prometida a João, de Portugal. Talentosa e instruída, a jovem princesa é aprovada pela corte espanhola e enviada a Lisboa, onde se depara com um destino bem menos glamouroso que o retratado nos quadros e protocolos da nobreza. João, de temperamento introspectivo, prefere o canto sacro e o cultivo de flores à companhia da nova esposa.
Com a morte do príncipe herdeiro e o agravamento da saúde mental da rainha D. Maria I, o casal acaba elevado ao trono português. Em meio às turbulências provocadas pela Revolução Francesa e pelas ameaças de invasão napoleônica, a corte portuguesa realiza uma fuga histórica e silenciosa para o Brasil — episódio que marca uma reviravolta no destino da colônia e dá origem a uma nova fase da história luso-brasileira.
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