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Burning Man: Domo da Orgia é destruído por ventos fortes no deserto de Nevada

Estrutura voltada à inclusão e educação sexual desabou após tempestades de vento; instalação ucraniana “Black Cloud” também foi danificada

Daniela Swidrak (@newtango)

Orgy Dome
Orgy Dome - Reprodução Instagram

O Burning Man 2025 nem acabou e já enfrenta contratempos marcantes. Uma das instalações mais conhecidas e polêmicas do evento, o Orgy Dome, não resistiu aos fortes ventos que atingiram Black Rock City, em Nevada, e foi completamente destruído, segundo os organizadores.

Criado em 2003, o espaço é um dos pontos mais visitados do festival e não se resume apenas a encontros íntimos consensuais. A proposta do Orgy Dome também envolve a promoção da positividade sexual, inclusão de gênero e oficinas educativas ligadas à sexualidade, em parceria com o espaço vizinho chamado Aphrodite’s Garden. A equipe responsável confirmou nas redes sociais que o trabalho de montagem foi perdido: “Infelizmente, os ventos desfizeram todo o esforço e destruíram a estrutura. Estamos seguros, mas o que restou está além de reparos”.

 
 
 
 
 
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Mesmo diante da perda, os organizadores garantem que pretendem seguir com a programação de atividades educativas, mantendo vivo o espírito que marca a instalação há mais de duas décadas.

 
 
 
 
 
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O Orgy Dome não foi a única baixa registrada. Outra obra atingida pelos ventos que não conseguiu ficar ereta foi a instalação Black Cloud, de 15 metros de altura, criada por um coletivo ucraniano. A escultura funcionava como monumento artístico em memória da guerra na Ucrânia e como símbolo contra conflitos globais.

O episódio se soma a um histórico de desafios enfrentados pelo Burning Man nos últimos anos. Em 2024, o evento registrou a morte de uma participante logo no primeiro dia; em 2023, foi marcado por críticas após negar ajuda da Guarda Nacional durante chuvas intensas; e em 2020 e 2021, não aconteceu por conta da pandemia.

Ainda assim, para quem frequenta o festival, a filosofia permanece: a efemeridade faz parte da experiência, e tudo pode acontecer a qualquer momento no deserto.

Nascida na Argentina mas radicada no Brasil há mais de 15 anos, Daniela achou na música sua linguagem universal. Formada em radialismo pela UNESP, virou pesquisadora criativa e firmou seu pé no jornalismo musical no portal Popload. Gateira, durante a semana procura a sua próxima banda favorita e aos finais de semana sempre acha um bom show para assistir.
TAGS: burning man, Orgy Dome