A banda alemã que Benicio del Toro ficou viciado durante as filmagens de ‘Uma Batalha Após a Outra’
“Às vezes, a música é como perfume ou colônia, marca um tempo”, declarou o ator
Angelo Cordeiro (@angelocordeirosilva)
Durante as filmagens de Uma Batalha Após a Outra, Benicio del Toro (O Esquema Fenício) mergulhou em uma trilha sonora pessoal bem particular. O ator contou que ficou viciado na banda alemã Can, pioneira do rock experimental e progressivo nos anos 1970. “Voltei de Berlim e estava muito ligado nessa banda. Estava ouvindo o álbum Can em El Paso. Às vezes, a música é como perfume ou colônia, marca um tempo. Eu ouvia no meu quarto, um pouco antes de filmar”, revelou em entrevista.
Formada em Colônia, em 1968, a Can se tornou referência do movimento conhecido como krautrock, misturando improviso, rock psicodélico, jazz e elementos eletrônicos. Com discos cultuados como Tago Mago e Ege Bamyasi, o grupo influenciou gerações de músicos, de David Bowie a Radiohead. Sobre o som, del Toro resume: “É rock, rock progressivo, mas com um grande swing”.
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Quem é a Can?
Apesar de nunca ter alcançado grande sucesso comercial, a Can é considerada uma das bandas mais inovadoras da Alemanha. O grupo foi formado pelo tecladista Irmin Schmidt e pelo baixista Holger Czukay, ambos alunos do compositor vanguardista Karlheinz Stockhausen. A formação clássica incluía ainda o guitarrista Michael Karoli e o baterista Jaki Liebezeit, além de vocalistas marcantes como Malcolm Mooney e Damo Suzuki, que deram identidade única às diferentes fases do conjunto.
Entre os maiores sucessos estão músicas como “Vitamin C”, com seu groove hipnótico, “Halleluwah”, faixa de 18 minutos que virou referência do krautrock, e “Moonshake”, que chegou a ser trilha de comerciais e séries. A ousadia experimental da banda, unindo repetição rítmica, improvisação e psicodelia, consolidou Can como um dos nomes mais influentes do movimento krautrock.
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