As 5 diferenças entre a nova fase e a série original de O Incrível Mundo de Gumball
A série mantém a essência cômica e surreal, mas incorpora técnicas híbridas de animação, narrativas mais ambiciosas e estratégia multiplataforma para alcançar novas audiências
Kadu Soares (@soareskaa)
Após sete anos longe da TV, Gumball e sua turma retornaram em uma temporada especial chamada O Mundo Maravilhosamente Estranho de Gumball. Lançada em 2025 nos EUA via Hulu/Disney+ e no Brasil pelo Cartoon Network e HBO Max, a nova fase foi produzida pelo recém-criado Hanna-Barbera Studios Europe e promete manter o espírito original enquanto explora novas direções criativas, técnicas e narrativas.
Embora muitos elementos familiares permaneçam, como a voz dos dubladores no Brasil, as mudanças implementadas indicam uma renovação significativa. Os produtores alteraram o nome da série, adotaram um novo formato para os episódios, implementaram novas técnicas visuais, criaram roteiros mais ousados e adaptaram o modelo de produção/exibição às novas plataformas de streaming. Pensando nisso, confira agora cinco diferenças essenciais entre a nova fase e a série original.
1. Título e formato
Na nova fase, O título oficial foi alterado para O Mundo Maravilhosamente Estranho de Gumball para diferenciar a fase revival da clássica. Os episódios têm cerca de 15 minutos de duração, contra os 11 minutos de média anteriores. A primeira temporada inédita contará com 20 episódios e sua exibição será simultânea em canais de TV e streaming (Cartoon Network, HBO Max, Hulu/Disney+) nos respectivos territórios.
2. Tom e narrativa mais expansiva
O humor surreal continua, mas as histórias ganharam escopo mais ambicioso e traços de fantasia ainda mais extremos. A sinopse oficial cita episódios envolvendo corporações malignas de fast-food, IAs apaixonadas, temas existenciais e reviravoltas inesperadas. Os roteiros exploram além do absurdo cotidiano: os roteiristas da nova fase indicaram que há liberdade maior para subverter expectativas dentro das premissas criadas.
3. Estilo de animação e efeitos visuais
A nova temporada reforça o aspecto multimídia que já era marca de Gumball, mas com intervenções visuais mais ousadas: sequências em live action, uso de fantoches, inserção de imagens reais e efeitos visuais híbridos combinados mais profundamente com animação 2D/3D. Além disso, cenários e personagens aparecem com estilos gráficos diversos dentro de um mesmo episódio. A paleta de cores e o tratamento visual também foram aprimorados, com maior definição, efeitos de iluminação e detalhamento que valorizam o contraste entre o estilo clássico e inovações visuais.
4. Produção e estúdio
Hanna-Barbera Studios Europe é a produra da nova fase, substituindo o estúdio anterior ligado ao Cartoon Network Europe. O showrunner original, Ben Bocquelet, retorna acompanhado de nova equipe criativa, incluindo nomes associados à animação contemporânea. Os estúdios de animação envolvidos agora incluem o alemão Studio Soi e a francesa Bobbypills, ampliando o leque de produção internacional para atender à escala híbrida de TV e streaming.
5. Distribuição e modelo de exibição
Ao contrário da série original, cujo lançamento era majoritariamente via TV a cabo e canais de animação, a nova fase foi projetada desde o início para plataformas de streaming. Nos EUA, o primeiro lançamento foi na Hulu/Disney+, enquanto no Brasil o episódio estreia simultaneamente no Cartoon Network e HBO Max. Não há janela exclusiva para TV aberta ou primeiro lançamento linear: a estratégia prioriza alcance digital e flexibilidade de consumo.
Tudo isso mostra como O Mundo Maravilhosamente Estranho de Gumball busca honrar sua origem ao mesmo tempo em que se reinventa para uma nova geração, explorando tecnologias contemporâneas, narrativas mais ambiciosas e adaptação ao ecossistema audiovisual moderno.
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