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A forte reflexão de Ozzy sobre a vida pouco antes de morrer

Pioneiro do heavy metal revelou frustrações com seu último show, mas afirmou que não mudaria nada se pudesse viver tudo novamente

Pedro Hollanda

Ozzy Osbourne no Rock and Roll Hall of Fame, em 2024
Ozzy Osbourne no Rock and Roll Hall of Fame, em 2024 - Foto: Kevin Mazur / Getty Images for The Rock and Roll Hall of Fame

Ozzy Osbourne teve uma das vidas mais cheias de qualquer artista do seu nível. Sucesso, drogas, perdas trágicas e redescoberta por novas gerações fizeram o cantor ser reconhecido ao longo das décadas. E ele não mudaria nada.

Antes de falecer, Ozzy deu uma entrevista para um documentário da BBC chamado Coming Home, detalhando os bastidores da sua aposentadoria dos palcos. Ao final do especial, ele refletiu sobre seu concerto de despedida, Back to the Beginning, realizado dia 5 de julho — 17 dias antes de seu falecimento.

O Príncipe das Trevas falou (via Far Out Magazine):

“Que jeito de se despedir foi aquele show. Eu me diverti muito. Muito sangue, suor e lágrimas.”

Durante a performance, promovida na cidade natal de Birmingham, Ozzy tocou uma última vez com sua banda solo e com seus companheiros da formação clássica do Black Sabbath. Era a primeira vez desde 2005 que se apresentava com Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward.

Infelizmente, seu estado de saúde estava tão frágil a ponto de não lhe deixar aproveitar a ocasião ao máximo. Ele disse durante o documentário:

“A única coisa muito frustrante para mim foi que precisei ficar sentado ao invés de sair correndo pelo palco. Eu queria levantar e cantar tanto. Foi um exercício de humildade ficar sentado naquela cadeira por nove canções.”

Apesar disso, Ozzy fechou sua entrevista com uma mensagem feliz. O cantor afirmou:

Foi uma grande vida. Se pudesse viver tudo novamente, não mudaria nada.”

A morte de Ozzy Osbourne

Ozzy faleceu aos 76 anos de idade no dia 22 de julho. O artista estava sofrendo de problemas cardíacos graves desde uma infecção generalizada em 2023.

Em um trecho antecipado do próximo livro de memórias do cantor, Last Rites, foi revelado que uma das válvulas do seu coração estava 80% bloqueada na época de sua morte, causando arritmia. Entretanto, médicos não podiam operar porque precisariam interromper seu tratamento de Parkinson.

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Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como IgorMiranda.com.br, Scream & Yell e Rock'n'Beats.
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