O único vocalista que decidiu sair do Queen

Uma das maiores bandas de todos os tempos, o Queen se notabilizou pela presença de um dos vocalistas mais carismáticos da história: Freddie Mercury. Paul Rodgers não era como ele, mas ficou com a tarefa de ser o cantor durante o retorno do grupo aos palcos em 2005.

Em entrevista ao Music Radar, Rodgers, que fez carreira como frontman do Free e Bad Company, relembrou de sua união com o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor para esse retorno da banda, no modelo de parceria, em 2004, sob o nome Queen + Paul Rodgers. Os três haviam se conhecido em apresentações especiais e perceberam a química musical de cara.

Ele contou:

“Era apenas para ser alguns shows na Europa pra se divertir, mas virou quatro anos.”

May e Taylor respeitaram a memória de Mercury ao deixar claro que Rodgers não substituiria o vocalista na formação, e sim seria um convidado. Daí o nome Queen + Paul Rodgers.

Quanto ao trabalho de ocupar o posto uma vez presidido por Freddie, Rodgers admitiu a dificuldade da tarefa. Isso porque seus estilos eram tão diferentes.

Ele falou:

“Foi divertido e desafiador. Como aprender um novo idioma, porque precisei aprender tantas novas músicas tão rápido, e não sei se as aprendi direito. Mas essa é outra história. Foi uma daquelas coisas que eles tentaram de verdade.”

Queen + Paul Rodgers

A parceria até rendeu um álbum, The Cosmos Rocks (2008), com Paul Rodgers responsável pela composição de quatro das 14 faixas. Entretanto, o vocalista logo sentiu que seu tempo no Queen precisava acabar. 

Ele revelou:

“Eu cheguei ao ponto que pensei: ‘Eu não sirvo pra ser o cantor do Queen pelo resto da vida’, e precisava voltar a fazer minhas próprias músicas. Por isso que saí, no fim das contas. Mas foi uma época legal. Tocamos em lugares antes desconhecidos para mim no Leste Europeu. Centenas de milhares de pessoas apareceram. E todas conheciam as canções. Era doido.”

A saída de Rodgers do Queen foi anunciada em maio de 2009, cinco anos após o primeiro show com a banda. Desde então, ele se dedicou à sua carreira solo e reuniões do Bad Company.

Quanto a May e Taylor, os dois recrutaram o cantor americano Adam Lambert, famoso por participar do programa de calouros American Idol, para ocupar a vaga de vocalista em shows.

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