Linkin Park: setlist, horários e o que esperar dos shows no Brasil
Banda americana retorna ao país um ano após visita anterior, desta vez para três apresentações, em Curitiba (05/11), São Paulo (08/11) e Brasília (11/11)
Igor Miranda (@igormirandasite)
Começa nesta quarta-feira, 5, a nova etapa nacional da turnê From Zero, do Linkin Park, pelo Brasil. A banda já havia visitado o país em novembro do ano passado, com duas performances no Allianz Parque, em São Paulo.
Desta vez, o itinerário inclui passagens por Curitiba (05/11 – Estádio Couto Pereira), São Paulo (08/11 – Estádio MorumBIS) e Brasília (11/11 – Arena BRB Mané Garrincha). A venda de ingressos segue ocorrendo no site Ticketmaster.
A excursão promove o álbum From Zero, disponibilizado também em novembro de 2024. Marcando as estreias da vocalista Emily Armstrong (na vaga do falecido Chester Bennington) e do baterista Colin Brittain (no posto de Rob Bourdon, que preferiu não retornar), o disco foi o trabalho de rock que atingiu a posição mais alta nas paradas gerais dos Estados Unidos naquele ano.
Horários de show do Linkin Park
Nas três cidades, os portões dos estádios serão abertos às 16h. Atração de abertura, Poppy sobe ao palco às 19h30. O show principal, do Linkin Park, começa às 21h.
O que esperar do show
Musicalmente, a sonoridade do Linkin Park não mudou mesmo com a entrada de uma mulher nos vocais. A estética ainda é fortemente apoiada em uma espécie de rock/metal alternativo com fortes ganchos melódicos, vocalizações típicas de hip hop vindas do multi-instrumentista Mike Shinoda, um tempero de música eletrônica oriundo do DJ Joe Hahn e raros solos de guitarra, instrumento assumido em turnês por Alex Feder — Brad Delson segue na formação, mas apenas em estúdio.
As composições da “era Chester”, porém, tiveram adaptação de tonalidade. Muitas delas são tocadas em tons mais agudos para comportar a voz de Emily Armstrong. De resto, pouco muda em relação ao que já se conhece do grupo, agora ainda mais caprichoso no aspecto visual ao trazer um show verdadeiramente de estádio, com artes bem marcantes e divisão de setlist por atos.
Análise do setlist
Em relação a 2024, o Linkin Park agora inclui no repertório mais músicas não apenas de From Zero, como também da versão deluxe, que ainda não havia sido lançada na época dos primeiros shows da turnê no país. Canções como “Stained”, “Up from the Bottom” e “Unshatter” agora marcam presença, assim como “From the Inside” e uma versão para “Where’d You Go”, do Fort Minor (projeto paralelo de Mike Shinoda), entre outras que ficaram fora no ano passado.
Mas os hits estão lá — e são numerosos. Espere por “Somewhere I Belong”, “Numb”, “In the End”, “Papercut”, “Bleed It Out”, “What I’ve Done”, “Faint” e por aí vai. E aguarde ainda por uma participação especial bem provável: Poppy, cantora americana que tem feito a abertura da turnê, também está cantando “One Step Closer” com o grupo em todas as datas sul-americanas até aqui.
Boa parte do setlist não se altera de uma noite para a outra. Das mais de 25 músicas tocadas em cada cidade, quase 20 se repetem sempre, surgindo no máximo em ordem diferente. São elas:
- Somewhere I Belong
- Up From the Bottom
- The Emptiness Machine
- The Catalyst
- Burn It Down
- Where’d You Go
- Waiting for the End
- Two Faced
- When They Come for Me / Remember the Name
- One Step Closer
- Lost
- What I’ve Done
- Overflow
- Numb
- Heavy Is the Crown
- Bleed It Out
- Papercut
- In the End
- Faint
Há ainda músicas como “Crawling”, “Stained”, “From the Inside” e “Over Each Other” aparecendo em três shows. “Points of Authority”, “New Divide”, “Cut the Bridge”, “IGYEIH” e “Lies Greed Misery” surgiram em dois dos quatro shows feitos na América do Sul até o momento. Já aquelas que só foram tocadas uma vez na etapa sul-americana da excursão foram:
- Given Up
- Lying From You
- Castle of Glass
- Casualty
- Good Things Go
- A Place for My Head
Possível setlist do Linkin Park no Brasil
Veja, a seguir, um possível setlist a ser executado pelo Linkin Park no Brasil. Lembrando: é muito provável que existam variações para além das já previstas no repertório abaixo.
Act I:
1. Somewhere I Belong
2. Points of Authority
3. Up From the Bottom
4. Crawling OU New Divide
5. The Emptiness Machine
Act II:
6. The Catalyst
7. Burn It Down
8. Over Each Other OU Cut the Bridge
9. Where’d You Go (Fort Minor)
10. Waiting for the End
11. Lies Greed Misery OU Castle of Glass
12. Two Faced
13. Solo de Joe Hahn (com Colin Brittain)
14. When They Come for Me / Remember the Name
15. IGYEIH OU Given Up OU Casualty
16. One Step Closer (com participação de Poppy)
Act III:
17. Lost
18. Stained OU Good Things Go
19. What I’ve Done
Act IV:
20. Overflow
21. Numb
22. From the Inside
23. Heavy Is the Crown
24. Bleed It Out
Bis:
25. Papercut
26. In the End
27. Faint
Possível setlist da Poppy no Brasil
Atração de abertura, Poppy deve executar o seguinte setlist:
- have you had enough?
- BLOODMONEY
- V.A.N (Bad Omens)
- the cost of giving up
- Anything Like Me
- crystallized
- Scary Mask
- Concrete
- new way out
Avaliação anterior sobre performance e From Zero
A respeito de um dos shows realizados em São Paulo no ano passado, o repórter Felipe Fiuza escreveu em texto para a Rolling Stone Brasil:
“Se ainda tinha alguém que duvidava que a banda ainda tinha gás, e que uma nova vocalista seria um tiro no pé, errou. E errou feio. O Linkin Park segue mais vivo do que nunca e essa apresentação lavou a alma de todo mundo que estava sedento por ver de novo um grupo que nunca deveria ter parado — além de ser um tapa na cara dos machistas e puristas ao redor do globo. Vida longa ao Linkin Park!”
Ao escrever sobre o álbum From Zero na primeira resenha do disco publicada por um jornalista brasileiro, Igor Miranda afirmou, também para a Rolling Stone Brasil:
“Se não é possível começar ‘do zero’, dá para simplesmente reiniciar. From Zero usa sabiamente da bagagem construída pelos remanescentes do Linkin Park, com destaque ao líder criativo Mike Shinoda, em busca de algo que ao menos honre o legado do que foi construído […]. Não é um álbum 100% Linkin Park. É nítido que falta algo da química presente no passado. E não há culpados, visto que os novos músicos se integraram da melhor forma possível […]. Isso invalida a continuidade do projeto? De forma alguma. Só fãs mais desavisados se surpreenderam com o retorno do grupo. Talvez From Zero sirva, acima de tudo, para aguçar a curiosidade em torno do que ainda vem por aí. Nesse ponto, sim, começa-se do zero.”
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