Glenn Hughes: setlist e o que esperar dos shows no Brasil
Ex-Deep Purple e Black Sabbath, ícone do rock retorna ao país para cinco apresentações com repertório bastante modificado em relação às últimas vindas
Guilherme Gonçalves
Glenn Hughes estará mais uma vez entre nós, brasileiros, no mês de novembro. O ícone do rock, com passagens por gigantes como Deep Purple e Black Sabbath, retorna ao Brasil após pouco mais de seis meses, tendo em vista que foi um dos headliners do Bangers Open Air, em São Paulo, no início de maio.
Desta vez, porém, The Voice of Rock vem com repertório bastante modificado e mais variado. O foco não estará nos clássicos do Purple, mas sim em passar a limpo toda sua obra ao longo de quase seis décadas, incluindo Trapeze, Black Country Communion, Iommi e carreira solo.
Glenn fará cinco shows no país:
- 11/11 (terça-feira): Porto Alegre (Opinião)
- 13/11 (quinta-feira): Belo Horizonte (Mister Rock)
- 14/11 (sexta-feira): Rio de Janeiro (Circo Voador)
- 16/11 (domingo): São Paulo (VIP Station)
- 18/11 (terça-feira): Curitiba (Tork ‘n’ Roll)
- Ingressos disponíveis em seu site oficial

Turnê The Chosen Years
A turnê se chama The Chosen Years, em alusão tanto ao disco novo, Chosen, lançado em 5 de setembro, como aos “anos de ouro”, quando o músico ajudou a definir o hard rock setentista e se tornou um dos artistas britânicos mais respeitados do estilo.
No Brasil, a excursão foi anunciada como sendo a de despedida de Glenn Hughes, algo que ele fez questão de minimizar. Aos 74 anos, The Voice of Rock diz que pode até diminuir a quantidade de shows, mas jamais irá “pendurar as chuteiras”. Nada de aposentar, seja dos palcos ou de estúdios.
No que depender de sua performance, como quando fechou o primeiro dia de Bangers Open Air, Glenn permanece com a voz intacta e potente. Só mudou o cabelo – mais curto, em sintonia com a nova fase e que desde maio indicava um artista que se recusa a envelhecer.
Detalhes do show atual
A nova tour começou em setembro, na Europa, e traz Glenn acompanhado por apenas dois “comparsas”: o guitarrista Søren Andersen e o baterista Ash Sheehan, já conhecidos do público brasileiro. Eles estiveram com Glenn nas últimas vindas ao Brasil.
O setlist, por sua vez, está de cara nova. Se nas visitas recentes Glenn vinha celebrando sua fase no Deep Purple (1973-1976), em especial o disco Burn, agora ele está tocando apenas uma música da banda: a clássica faixa-título do álbum citado, lançado em 1974.
Em um set de aproximadamente duas horas de duração, The Voice of Rock tem contemplado, como destacado, músicas que perpassam várias fases de sua carreira, a começar pelo Trapeze, banda que o revelou.
Ao todo, quatro canções dessa era estão no repertório atual: “Medusa”, “Way Back to the Bone”, “You Are the Music” e “Coast to Coast”.
Possível setlist de Glenn Hughes no Brasil
Veja o provável setlist:
1. Soul Mover
2. Muscle and Blood (Hughes/Thrall)
3. Voice in My Head
4. One Last Soul (Black Country Communion)
5. Can’t Stop the Flood
6. First Step of Love (Hughes/Thrall)
7. You Kill Me
8. Into the Fade
9. Way Back to the Bone (Trapeze)
10. Medusa (Trapeze)
11. Grace / Dopamine (Iommi)
12. Chosen
13. You Are the Music (Trapeze)
14. Stay Free (Black Country Communion)
Bis:
15. Coast to Coast (Trapeze)
16. Black Country (Black Country Communion)
17. Burn (Deep Purple)
Análise das escolhas
Glenn Hughes não está tocando nada do breve período em que esteve no Black Sabbath (1985-1986). O próprio artista reconhece que não se lembra muita coisa do que aconteceu na década de 1980, época em que viveu seu pior momento em termos de envolvimento com drogas.
Porém, ele tem incluído pelo menos uma música do disco Fused (2005), gravado com Tony Iommi, do guitarrista do Sabbath; ora “Grace”, ora “Dopamine”, ou então um medley juntando as duas.
Do Black Country Communion, constam “One Last Soul”, “Stay Free” e “Black Country”, essa última já no tradicional bis.
Da fase solo, vale mencionar “Soul Mover”, “Can’t Stop the Flood” e três canções pinçadas do álbum novo: “Chosen”, “Voice in My Head” e “Into the Fade” (geralmente excluída quando a banda precisa cortar alguma música do set, junto com “You Kill Me”).
+++ LEIA MAIS: A importante decisão anunciada por Glenn Hughes em pleno show no Brasil
+++ LEIA MAIS: Como um ex-integrante do Deep Purple quase virou vocalista do Van Halen
+++ LEIA MAIS: 25 shows internacionais de rock e metal no Brasil em novembro de 2025