BASEADO EM FATOS

O drama real que inspirou ‘A Mulher da Fila’, drama argentino sucesso de audiência na Netflix

Na história, para libertar o filho preso, uma mãe enfrenta um sistema de justiça corrupto e encontra outras mulheres vivendo batalhas semelhantes

Angelo Cordeiro (@angelocordeirosilva)

O drama real que inspirou 'A Mulher da Fila', drama argentino sucesso de audiência na Netflix (Divulgação/Netflix)

A Mulher da Fila, drama argentino que vem sendo um sucesso de audiência no catálogo da Netflix, tem emocionado espectadores em todo o mundo com uma história intensa sobre dor, desigualdade e transformação. O longa argentino, dirigido por Benjamín Ávila (Infância Clandestina) e estrelado por Natalia Oreiro, é baseado em fatos reais e revela um lado pouco retratado do sistema prisional: o das mulheres que esperam do lado de fora. Saiba mais sobre o drama real que inspirou o filme?

Do que se trata?

A trama acompanha Andrea (Natalia Oreiro, Sos mi vida), uma mulher de classe média que leva uma vida tranquila até o dia em que a polícia invade sua casa e prende seu filho adolescente, Gustavo (Federico Heinrich). Desesperada e acreditando em sua inocência, Andrea entra em um novo universo: o das mães, esposas e irmãs que passam horas em filas diante dos presídios, enfrentando a burocracia, a humilhação e o preconceito. Ao lado de mulheres como La 22 (Amparo Noguera), uma visitante veterana, Andrea precisa confrontar não apenas o sistema, mas também seus próprios privilégios.

Quem está no elenco?

Além de Natalia Oreiro no papel principal, o elenco conta com Alberto Ammann (Narcos), Amparo Noguera (Machuca), Rafael Spregelburd (El método Tangalanga), Marina Bellati (O Segredo dos Seus Olhos), Diego Cremonesi (El Marginal), Malena Sánchez (O Reino) e Pablo Pinto (Argentina, 1985).

O drama real que inspirou o filme

A Mulher da Fila é livremente inspirado na história de Andrea Casamento, fundadora da Associação Civil de Familiares de Detentos (ACIFAD), organização que luta pelos direitos de quem tem familiares presos na Argentina. Em 2004, após a prisão equivocada de seu filho, Casamento viu sua vida mudar completamente. Enfrentou filas intermináveis, revistas constrangedoras e o descaso do sistema prisional argentino, experiência que a levou a se unir a outras mulheres em situação semelhante. Dessa vivência nasceu a ACIFAD, hoje uma das principais vozes na defesa dos direitos humanos de familiares de detentos.

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Angelo Cordeiro é repórter do núcleo de cinema da Editora Perfil, que inclui CineBuzz, Rolling Stone Brasil e Contigo. Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas, escreve sobre filmes desde 2014. Paulistano do bairro de Interlagos e fanático por Fórmula 1. Pisciano, mas não acredita em astrologia. São-paulino, pai de pet e cinéfilo obcecado por listas e rankings.
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