As maiores esnobadas e surpresas do Grammy deste ano: Lorde, The Weeknd e Benson Boone
Algumas grandes estrelas ficaram de fora das indicações ao prêmio de 2026, mas também houve motivos para comemorar
ROLLING STONE EUA
As indicações ao Grammy Awards de 2026 foram reveladas e, como sempre, há muito a analisar aqui para os fãs de música. Alguns grandes nomes estão completamente ausentes, enquanto outros receberam exatamente o reconhecimento merecido. Descobrir o que é o quê e comemorar ou franzir a testa de acordo é metade da diversão do dia de indicações ao Grammy. Então vamos lá!
Como lembrete, músicas lançadas entre 31 de agosto de 2024 e 30 de agosto de 2025 foram elegíveis para indicação. Os prêmios serão entregues em 1º de fevereiro de 2026, na Crypto.com Arena em Los Angeles.
Aqui estão 20 das maiores decepções e surpresas mais bem-vindas nas indicações deste ano.
DECEPÇÃO: nada para a Lorde? Como assim?

Lorde superou todas as expectativas com seu quarto álbum, Virgin, oferecendo sucessos pop de alta energia em nítido contraste com Solar Power (2021). Mas isso não importou para a Academia. Lorde não recebeu uma única indicação, apesar de seu prestígio e do sucesso do álbum.
Isso não deveria ser uma surpresa total, já que Lorde e o Grammy têm um histórico complicado. As coisas ficaram especialmente espinhosas em 2018, quando seu aclamado disco Melodrama recebeu uma cobiçada indicação ao Álbum do Ano, mas mesmo assim a Recording Academy se recusou a oferecer-lhe um espaço de performance solo na transmissão. (Os outros indicados na categoria naquele ano, todos homens por acaso, supostamente receberam performances solo.) Alguns dias após a cerimônia do Grammy, onde ela perdeu o grande prêmio, Lorde publicou um anúncio de página inteira em seu jornal local, agradecendo incisivamente seus fãs por “acreditarem em músicas femininas”, no que alguns viram como uma resposta crítica ao sexismo da Academia. Notavelmente, a única vez que Lorde ganhou um Grammy foi em 2014, quando ela fez história como a compositora mais jovem a receber o prêmio de Música do Ano. — Maya Georgi
DECEPÇÃO: The Weeknd jogou o jogo e perdeu de novo

Em fevereiro passado, The Weeknd retornou ao Grammy Awards quatro anos após lançar um boicote altamente divulgado e criticar o que ele chamou de “corrupção” do processo de indicações. Em 2021, ele havia sido prejudicado pelo fato de seu álbum After Hours e seu colossal single “Blinding Lights” terem recebido zero indicações; agora, ele enterrou o machado de guerra com uma performance surpresa de duas faixas de destaque de seu último álbum, Hurry Up Tomorrow. Aparentemente, isso não foi suficiente para obter uma consideração melhor da Recording Academy, que o deixou de fora em todos os aspectos mais uma vez. Hurry Up Tomorrow estava longe de não ter sucesso, e seu single “Timeless” recentemente se tornou sua 28ª música a ultrapassar um bilhão de streams no Spotify. Ele até deixou a Republic Records veicular anúncios para consideração. E ainda assim, parece que algumas coisas nunca mudam, e jogar o jogo nem sempre funciona. Sem ressentimentos, certo? “Não tenho nenhuma briga, foi há tanto tempo”, disse The Weeknd ao The New York Times no início deste ano, “e eles fizeram muitas mudanças, quer dizer, mexemos nos bastidores”. — Larisha Paul
SURPRESA: a Academia adora “DtMF” do Bad Bunny

As seis indicações de Bad Bunny este ano refletem o ano enorme que ele teve. O artista porto-riquenho deu voltas da vitória ao longo de 2025, pelo sucesso do campeão de paradas DeBÍ TiRAR MáS FOToS — e claramente a Academia notou. O disco é apenas o segundo álbum em espanhol a ser indicado ao Álbum do Ano (o primeiro foi o lançamento de Bad Bunny de 2022, Un Verano Sin Ti). Mas embora não seja surpresa ver o projeto indicado, muitos previram que o sucesso de salsa “Baile Inolvidable” seria a música com todas as indicações ao Grammy; em vez disso, a Academia se inclinou para a emotiva “DtMF”, que entrelaça ritmos tradicionais de bomba com uma mensagem comovente sobre viver o momento e amar as pessoas enquanto ainda há tempo. — Julyssa Lopez
DECEPÇÃO: Brandi Carlile e Elton John ficam de fora das principais categorias

Entrando neste ano, Elton John e Brandi Carlile tinham um total combinado de 61 indicações ao Grammy Awards. Dada a conhecida adoração da Recording Academy por ambos os artistas e seu amor por colaborações intergeracionais (à la Alison Krauss e Robert Plant), seu álbum Who Believes in Angels? teria parecido uma garantia para qualquer uma das principais categorias gerais. Em vez disso, eles foram indicados ao Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional, e não aparecem em lugar nenhum em Álbum, Gravação ou Música do Ano. Aqueles que determinaram as indicações este ano pareceram romper com os queridinhos do passado nas principais categorias, e não são apenas Brandi e Elton: Jon Batiste, um queridinho do Grammy que ganhou Álbum do Ano em 2022, também ficou de fora nas categorias gerais. — Jonathan Bernstein
SURPRESA: muito amor por Hayley Williams

Hayley Williams lançou um dos melhores álbuns do ano com seu LP solo Ego Death at a Bachelorette Party, e é bom ver a Academia reconhecer isso. A cantora recebeu quatro indicações relacionadas ao álbum: Melhor Música Rock, Melhor Performance Rock, Melhor Performance Musical Alternativa e Melhor Álbum de Música Alternativa. Williams não é estranha ao amor do Grammy — ela recebeu muitas indicações e vitórias como parte do Paramore. Ela até recebeu sua primeira indicação como artista solo por suas contribuições vocais ao hit de 2010 de B.o.B “Airplanes Part II” (que também contou com Eminem). Mas essas indicações são a primeira vez que o Grammy reconhece o próprio trabalho solo de Williams, o que parece uma vitória monumental para a artista. — M.G.
DECEPÇÃO: Benson Boone dá mortal para fora do quadro

Em fevereiro passado, Benson Boone agitou alguns dos debates mais acalorados depois de dar mortais pelo palco do Grammy. Ele concorria a Melhor Novo Artista no prêmio de 2025, e se juntou aos colegas indicados Doechii, Teddy Swims, Shaboozey, Raye e Khruangbin para um medley especial de seus sucessos. Nos meses seguintes, Boone lançou um novo álbum e mais alguns sucessos, mas isso não foi suficiente para mantê-lo nas boas graças dos eleitores do Grammy. Enquanto muitos de seus colegas indicados ao BNA da Turma de ’25 estão novamente concorrendo a mais indicações de música e álbum, Boone não está em lugar nenhum na lista deste ano. Nada de mágico ou místico nisso. — Brittany Spanos
DECEPÇÃO: cadê “That’s So True”?

Gracie Abrams conquistou seu primeiro hit no Top 10 com este corte eufórico de Secret of Us (Deluxe), uma crítica sagaz a um ex que funciona também como um aviso à sua nova namorada. Você podia sentir o impacto da música em momentos como a performance de Abrams no SNL, aquela vez que Elle Fanning sincronizou os lábios no The Tonight Show, e quando a coautora de Abrams, Audrey Hobert, estourou com seu próprio álbum neste verão. É uma pena que não tenha recebido uma indicação para Música do Ano, particularmente porque Abrams já tem duas indicações ao Grammy em seu currículo, para Melhor Novo Artista (2024) e Melhor Performance Pop Duo/Grupo (ano passado, por seu dueto com aquela artista promissora Taylor Swift). Esperançosamente, Abrams leva uma para casa com seu próximo álbum. — Angie Martoccio
SURPRESA: Clipse tem uma chance no álbum do ano

Quando foi a última vez que você ouviu assim? Faz muito tempo desde que o Clipse recebeu algum amor do Grammy — 22 anos, para ser preciso, quando a dupla de irmãos conquistou sua única indicação até agora, uma indicação de Melhor Colaboração Rap/Cantada no prêmio de 2003 por sua participação em “Like I Love You” de Justin Timberlake (eles perderam para “Dilemma” de Nelly e Kelly Rowland). Pusha T e Malice infamemente ficaram presos no inferno das grandes gravadoras no ano seguinte devido a uma fusão, e eventualmente encerraram o grupo em 2010. Desde então, Pusha se tornou presença regular no Grammy, conquistando cinco indicações por seu trabalho solo, incluindo duas para Melhor Álbum de Rap. E este ano, após se reunirem de forma espetacular para seu álbum Let God Sort Em Out, eles igualaram esse total com cinco novas indicações: três categorias de rap (música, performance e álbum), Melhor Videoclipe, e uma prestigiosa indicação ao Álbum do Ano. Em um ano que tem sido todo sobre corrigir injustiças passadas da indústria musical para esses caras, essas indicações oferecem a eles um respeito merecido e há muito atrasado. — Simon Vozick-Levinson
DECEPÇÃO: Role Model fica na caixa

Role Model é uma das maiores histórias de sucesso da indústria musical de 2025, com seu single “Sally, When the Wine Runs Out” se tornando um fenômeno legítimo que envolveu todo mundo desde Charli XCX até Al Roker em sua onda de pop-rock deliciosamente cativante. O cantor, cujo nome verdadeiro é Tucker Pillsbury, encantou o mundo este ano — mas aparentemente ele ainda não conquistou a Recording Academy, que lhe deu um grande zero redondo de indicações. Pensamos que ele tinha uma chance decente em Melhor Novo Artista e nas categorias pop, mas o Grammy tinha outras ideias. Ainda bem que ele já está trabalhando em seu próximo álbum, como ele contou recentemente a María Zardoya em sua matéria de capa digital Musicians on Musicians. —S.V.L.
DECEPÇÃO: nada de especial para “Ordinary”

Uma das maiores músicas do ano parece que nem mesmo entrou no radar dos eleitores do Grammy este ano. “Ordinary” de Alex Warren liderou a Billboard Hot 100 por dez semanas consecutivas e foi um gigante de streaming, tornando-se completamente inevitável em poucos meses de seu lançamento em fevereiro passado. Parecia garantida para algum amor do Grammy este ano, mas a música foi amplamente ignorada, mesmo nas categorias pop. Warren, no entanto, recebeu uma indicação na altamente competitiva categoria Melhor Novo Artista. É um bom prêmio de consolação, mas ainda é surpreendente que a música que o colocou lá tenha sido praticamente esquecida. —B.S.
DECEPÇÃO: nem rap nem country no Melhor Novo Artista

A música rap e country estão ambas completa e surpreendentemente ausentes das indicações ao Melhor Novo Artista deste ano. O que aconteceu aqui? Vamos começar com o rap. A discussão sobre “nenhuma estrela nova no hip hop” persiste, por boas razões. A despriorização do rap pelas grandes gravadoras tornou difícil para atos em ascensão alcançar a onda de buzz nacional que pode ser necessária para uma indicação ao Melhor Novo Artista. Mas BigXthaPlug — que cruzou para Nashville com seu ambicioso álbum I Hope You’re Happy — poderia ter sido a exceção. O texano esteve na Billboard Hot 100 todas as semanas desde abril, dando-lhe a sequência ativa mais longa de qualquer rapper. Singles de BigX como “All The Way” com Bailey Zimmerman e “Home” com Shaboozey têm sido fixos nas paradas. Central Cee, que fez ondas com Can’t Rush Greatness, e Ken Carson, que lançou A Great Chaos e More Chaos, também pareciam pretendentes realistas, mas nenhum recebeu uma indicação.
Foi um grande ano para mulheres na música country também, com estrelas Ella Langley e Megan Moroney ganhando destaque com seus álbuns Still Hungover e Am I Okay?, respectivamente. Langley encontrou um hit de rádio com seu dueto com Riley Green “You Look Like You Love Me”, e Moroney conquistou um dueto (e vaga de abertura de turnê) com a lenda do country Kenny Chesney e um segundo álbum extremamente bem-sucedido. Nenhuma delas foi indicada também. É estranho não ver dois dos gêneros mais importantes da música completamente ausentes de uma categoria dos Quatro Grandes como esta. —Tomás Mier e Andre Gee
SURPRESA: Plaqueboymax é o primeiro streamer da Twitch indicado a um Grammy

Os mundos dos criadores de conteúdo e músicos continuam se tornando um só. Veja “Victory Lap”, inicialmente criada durante as transmissões de Plaqueboymax em Londres no início deste ano. A música recebeu uma indicação para Melhor Gravação Dance/Eletrônica, e encontra o ícone do rap do Reino Unido Skepta unindo forças com Fred Again (cujo álbum ten days está indicado a Melhor Álbum Eletrônico/Dance) sobre uma produção ágil que mistura hip hop e música eletrônica. É um exemplo adequado de como plataformas de streaming como Twitch, onde Max apresenta sua série “In the Booth” com artistas fazendo uma faixa juntos em tempo real, estão mudando a natureza da colaboração. Agora, o streamer de 22 anos pode levar seu primeiro Grammy. —Jeff Ihaza
SURPRESA: grupos de garotas reconhecidos!

Grupos de garotas estão tendo um belo momento no Grammy este ano. Katseye conquistou uma indicação ao Melhor Novo Artista, enquanto o trio animado de K-pop Huntr/x recebeu múltiplas indicações por seu hit viral “Golden” de KPop Demon Hunters — incluindo Música do Ano, marcando a primeira música de girl group indicada naquela categoria em quase duas décadas. Tanto “Golden” quanto “Gabriela” do Katseye também fizeram história em Melhor Performance Pop Duo/Grupo, que nunca tinha visto um girl group indicado desde que a categoria começou há mais de uma década. Enquanto isso, o trio britânico de R&B FLO ganhou uma indicação ao Melhor Álbum de R&B Progressivo por Access All Areas. —T.M.
DECEPÇÃO: Playboi Carti fica de fora

Um dos casos mais flagrantes de um artista sendo ignorado pela Recording Academy este ano é Playboi Carti sendo congelado, já que o rapper não recebeu nenhuma indicação ao Grammy apesar de desfrutar de um ano dominante. Ele é indiscutivelmente um dos artistas mais influentes da música hoje, uma figura cujo cada movimento comanda atenção global. Seu tão esperado álbum MUSIC foi um dos lançamentos mais comentados de 2025, chegando após anos de atraso e instantaneamente reafirmando seu status cult. O projeto foi recebido com aclamação generalizada, provando que a arte de Carti vai muito mais fundo do que o hype que frequentemente o cerca. Embora vendas e popularidade nem sempre sejam os melhores indicadores de mérito artístico, Playboi Carti provou ser mais do que um formador de tendências e para-raios. Ele também é um artista talentoso com substância que desmente a superfície. Sua evolução criativa continua a redefinir o que significa ser um ícone moderno — é apenas surpreendente que o Grammy não pareça vê-lo da mesma forma, pelo menos este ano. —Preezy Brown
DECEPÇÃO: superprodutores são ignorados no Produtor do Ano

Talvez o Grammy estivesse apenas tentando mudar as coisas, mas dois dos produtores mais dominantes no pop e além foram de alguma forma deixados sem reconhecimento na categoria Produtor do Ano. Andrew Watt co-produziu um dos álbuns mais indicados do ano, Mayhem de Lady Gaga, entre muitos outros projetos, mas foi deixado de fora da lista. O vencedor repetido do Produtor do Ano Jack Antonoff também ficou de fora, apesar de se ramificar para trabalhar no indicado ao Álbum do Ano GNX de Kendrick Lamar e outro concorrente naquela categoria, Man’s Best Friend de Sabrina Carpenter. —Brian Hiatt
SURPRESA: JID recebe sua primeira indicação

Considerado um dos letristas de elite do hip hop, JID construiu uma reputação por jogos de palavras intrincados, flows ágeis e uma voz criativa distinta — ainda assim, de alguma forma, ele nunca recebeu uma indicação ao Grammy por seu próprio trabalho. Isso agora muda, com o rimador de Atlanta sendo indicado a dois Grammy Awards como artista principal: Seu aclamado álbum de estúdio God Does Like Ugly conquistou uma indicação ao Melhor Álbum de Rap, e seu single de sucesso “Wholeheartedly” com Ty Dolla $ign e 6Lack foi incluído na lista de Melhor Performance Melódica de Rap.
O primeiro contato de JID com a Recording Academy veio em 2020 através de suas contribuições para Revenge of the Dreamers III de J. Cole e Dreamville Records, que conquistou uma indicação ao Melhor Álbum de Rap. Sua performance explosiva no single de destaque “Down Bad”, ao lado de J. Cole, Bas, EarthGang e Young Nudy, também garantiu uma indicação à Melhor Performance de Rap. Ainda assim, ambas as indicações. — P.B.
SURPRESA: Lefty Gunplay recebe indicação ao Grammy por apenas seis palavras

Uma coisa legal sobre o Grammy é que eles reconhecem todos que são creditados em uma música, não importa quão grande ou pequena seja sua contribuição. Lefty Gunplay, o carismático artista de Los Angeles que Kendrick Lamar convidou para participar de “tv off”, pode ter acabado de quebrar um recorde de menos palavras para uma indicação ao Grammy. A música está indicada a Melhor Performance de Rap e Melhor Música de Rap. Lefty ofereceu apenas seis palavras para a faixa de GNX, rimando memorávelmente “Shit gets crazy, scary, spooky, hilarious” perto da conclusão da música. Ele não precisou de um verso inteiro para fazer sua presença ser sentida, ou para ter uma chance de ganhar seu primeiro Grammy. —A.G.
SURPRESA: Bobby Pulido recebe uma indicação

No final do ano passado, o ícone do Tejano Bobby Pulido anunciou que estava se afastando da música para seguir uma carreira na política. Mas antes de pendurar seu violão, ele está encerrando esse capítulo com chave de ouro: conquistando uma última indicação ao Grammy por Por La Puerta Grande, seu ambicioso álbum ao vivo cheio de colaborações apresentando duetos com Bronco, Alicia Villarreal, David Bisbal e Kinky. O projeto, lançado pouco antes do prazo do Grammy, reimagina alguns dos maiores sucessos de Pulido ao lado daqueles de seus colaboradores. Agora, enquanto faz campanha no que ele descreveu à Rolling Stone como “o distrito mais conservador do sul do Texas”, ele pode adicionar mais uma indicação ao Grammy ao seu currículo. Pulido foi indicado pela última vez em 2004 por Móntame quando o Grammy tinha uma categoria específica para Tejano. Agora, está agrupado na categoria Melhor Música Mexicana. —T.M.
SURPRESA: Eddy Kenzo traz variedade para Melhor Performance de Música Africana

Em sua curta história (apenas dois anos antes deste), a categoria Performance de Música Africana tem sido dominada por faixas que tiveram óbvio sucesso cruzado nos EUA, principalmente músicas de Afrobeats de artistas nigerianos com toques de amapiano sul-africano. Quebrando essa monotonia este ano está “Hope & Love” do artista ugandense Eddy Kenzo, uma colaboração com o instrumentista classicamente treinado Mehran Matin. Kenzo tem sido popular em seu país e em bolsões da diáspora africana desde seu avanço em 2010, “Stamina”, mas sua estatura não chegou ao estrelato pop dos artistas contra os quais ele está competindo aqui, como Tyla, Burna Boy, Davido, Wizkid e Ayra Starr. No entanto, esta não é a primeira vez que Kenzo compete contra Burna Boy no Grammy — em 2023, sua participação em “Gimmie Love” do artista americano Matt B enfrentou o sucesso “Last Last” de Burna na categoria Performance de Música Global. (Ambos perderam.) —Mankaprr Conteh
SURPRESA: Sexyy Red conquista sua primeira indicação ao Grammy

Assim como Lefty Gunplay na música de Kendrick, Sexyy Red ganhou uma indicação à Melhor Música de Rap por sua breve participação especial em “Sticky” de Tyler, the Creator, que também conta com Glorilla e Lil Wayne. Isso pode ser uma surpresa — e desprazer — para seus detratores. Apesar da popularidade muitas vezes inescapável da rapper de St. Louis e de seu charme cru, os méritos de seu rap explícito e descomplicado e de sua autoproclamada persona “ghetto” sempre foram questionados. Quando a Rolling Stone nomeou sua “SkeeYee” a melhor música de rap de 2023, fomos acusados por alguns de estar “zombando” da música negra ao celebrar seu claro impacto e relevância cultural. O produtor por trás de seu arsenal sonoro superpesado, Tay Keith, pode ter capturado melhor por que estrelas mais elitistas como Tyler se aproximaram dela: “Ela está se divertindo, e isso realmente me inspirou a simplesmente me divertir mais com essa merda”, disse Keith à Rolling Stone no ano passado. “Ela está apenas se divertindo e esse deveria ser o verdadeiro significado da música. Você não precisa ser sério o tempo todo.” — M.C.
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