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Além dos headliners: 7 atrações de rock, R&B e mais para ver no C6 Fest 2026

Curadoria do festival que ocorre em maio de 2026 é conhecida por construir programações que fogem do óbvio e enxergam tendências futuras da música

Pedro Hollanda

Ellie Rowsell, cantora do Wolf Alice, em 2025 (Foto: Joseph Okpako / WireImage via Getty Images)
Ellie Rowsell, cantora do Wolf Alice, em 2025 (Foto: Joseph Okpako / WireImage via Getty Images)

O lineup do C6 Fest 2026 foi divulgado nesta terça-feira, 11, e é um prato cheio para fãs de música alternativa. A programação do festival — que ocorre entre os dias 21 e 24 de maio no Parque Ibirapuera, em São Paulo — contém lendas do rock como Robert Plant, além de nomes consagrados do indie, como The xx, Matt Berninger e Beirut. Há, também, tesouros escondidos.

Seja jazz, R&B ou até mesmo indie, a curadoria assinada por Hermano Vianna, Ronaldo Lemos, Pedro Albuquerque e Lourenço Rebetez encontrou o melhor de cada gênero não apenas seguindo tendências, mas identificando o futuro. A lista a seguir destaca sete atrações menos conhecidas que se encaixam nesse padrão.

Confira!

7 atrações menos conhecidas para se ligar no C6 Fest 2026

Wolf Alice (indie rock)

23 de maio | Um dos maiores nomes a sair do indie britânico nos últimos 10 anos, o Wolf Alice começou como uma dupla acústica formada em 2010 pela vocalista Ellie Roswell e o guitarrista Joff Oddie. Logo eles expandiram a formação e seu som, incorporando elementos de alternativo, shoegaze e dream pop à fórmula, além de rock clássico mais recentemente.

A canção “Moaning Lisa Smile”, do EP de estreia Creature Songs (2014), se tornou um hit alternativo nos Estados Unidos e chegou a ser indicada ao Grammy em 2016. Desde então, o grupo lançou quatro álbuns, com todos eles atingindo no mínimo a segunda posição das paradas inglesas.

Eles também são queridinhos da crítica. Todos os quatro discos de estúdio do grupo lançados até agora foram finalistas do Mercury Prize, o maior prêmio da indústria musical britânica. O segundo álbum, Visions of a Life (2017), levou a estatueta em 2018. Esta será a primeira vez deles no Brasil.

Dijon (R&B)

23 de maio | O cantor e compositor americano Dijon Duenas, mais conhecido como Dijon, está com tudo. Seu segundo álbum de estúdio, Baby (2025) foi um sucesso enorme entre críticos, e seu trabalho produzindo três faixas do disco Swag (2025), de Justin Bieber, o fez ser indicado ao Grammy de Melhor Produtor na 68ª edição da cerimônia, que ocorre dia 1o de fevereiro de 2026.

Seu som é um R&B mais experimental e abstrato, com ênfase em groove e emoção na performance. Ele já foi comparado a nomes como Prince, D’Angelo e Frank Ocean. Esta é a primeira vez dele no Brasil.

Horsegirl (indie rock)

23 de maio | Este trio americano surgiu da cena adolescente de Chicago, que se concentrava numa casa de shows chamado Hallogallo e gerou artistas em ascensão como Friko e Lifeguard. Entretanto, as garotas do Horsegirl se tornaram o nome mais celebrado desse grupo graças ao segundo álbum de estúdio delas, Phonetics On and On (2025).

O som da banda remete aos primórdios do indie rock, com influência de grupos como The Raincoats, Television Personalities e Swell Maps. Sem falar dos padroeiros do rock alternativo, The Velvet Underground. Esta é a primeira vez delas no Brasil.

Amaarae (R&B)

23 de maio | Primeira pessoa da lista que já passou antes pelo país – ela se apresentou na Afropunk Experience São Paulo 2024 –, Amaarae faz uma mistura de pop com R&B, dancehall e afrobeats, denominado na África como alté. Em 2023, a cantora se tornou a primeira artista de Gana a tocar um set solo no Coachella, um dos maiores festivais de música do planeta.

Seu álbum mais recente, Black Star (2025), é um dos mais elogiados do ano até agora pela crítica especializada. O trabalho expandiu o leque de influências da artista, incorporando highlife ganês e funk carioca ao som dela.

Oklou (eletrônico/R&B)

24 de maioAlter-ego da artista Marylou Vanina Mayniel, Oklou (pronunciado Okay, Lu) o projeto de pop/R&B eletrônico se tornou uma das surpresas de 2025 graças a seu álbum de estreia, Choke Enough (2025). O disco chamou a atenção de algumas figuras importantes da música. Como resultado, ela lançou parcerias com as cantoras FKA Twigs e PinkPantheress.

Além disso, ela ia abrir o show de Lorde em Luxemburgo no último domingo, 9. Entretanto, a artista neozelandesa sofreu uma intoxicação alimentar e precisou cancelar a apresentação. Esta é a primeira vez dela no Brasil.

Magdalena Bay (indie pop)

24 de maioA dupla formada por Mica Tenenbaum e Matthew Lewin é outra história de sucesso de 2025. O grupo se tornou um dos nomes mais falados do indie graças ao sucesso do álbum Imaginal Disk (2024), um disco conceitual incorporando elementos de synth pop, dance e rock eletrônico.

E não chama a atenção apenas pelo material próprio. O Magdalena Bay gravou um cover de “Ashes to Ashes”, de David Bowie, para o quadro Like a Version, da rádio australiana Triple J. O vídeo da performance já tem mais de 600 mil visualizações no Youtube. Esta é a primeira vez deles no Brasil.

Cameron Winter (indie)

24 de maioDizer que Cameron Winter, única atração da lista a se apresentar no Auditório Ibirapuera, zerou 2025 é pouco. O cantor e compositor já era visto como um dos nomes mais quentes do indie rock devido ao seu trabalho como frontman do grupo americano Geese. Aí resolveu lançar Heavy Metal, sua estreia solo, em dezembro de 2024, num período geralmente considerado um cemitério de lançamentos.

Entretanto, crítica e público prestaram atenção. O álbum ganhou sucesso viral no TikTok e elogios de ninguém menos que Nick Cave.

Isso faria qualquer um questionar o estado do Geese, mas a banda respondeu lançando Getting Killed (2025), um dos lançamentos mais aclamados do ano e ascendendo a um patamar de sucesso prestes a virar mainstream.

O show que vem ao Brasil traz apenas Winter no piano, tal qual as canções de Heavy Metal. Pense em baladas bem idiossincráticas, mas com influência de rock clássico como David Bowie e Rolling Stones. Esta é a primeira vez dele no Brasil.

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Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como IgorMiranda.com.br, Scream & Yell e Rock'n'Beats.
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