'NÃO VOU OBECER'

Dave Mustaine, do Megadeth, fala sobre o vídeo de “I Don’t Care” e como festas incríveis são o negócio da banda

Dave Mustaine e companhia fazem uma festa sem limites no clipe da música punk do Megadeth

KORY GROW

Dave Mustaine, do Megadeth, em 2024
Dave Mustaine, do Megadeth, em 2024 - Foto: Mariano Regidor / Redferns

Quando Dave Mustaine começou a pensar no clipe de “I Don’t Care”, um single novo — rápido, agressivo e com pegada punk — do álbum de despedida autointitulado do Megadeth, ele já sabia exatamente o que não queria. “Eu disse: ‘Cara, não quero que isso vire aqueles vídeos meio artísticos e pretensiosos… essa é uma música punk’”, ele conta a Rolling Stone. Então Mustaine e companhia trabalharam com o cineasta Keith J. Leman, um diretor de fotografia que já fez clipes para Jonas Brothers e Kenny Chesney, para criar um vídeo com a energia certa para uma música que lista todos os motivos pelos quais Mustaine não se importa com o que as pessoas pensam dele.

“Eu queria que fosse algo como: ‘Como era ser o Dave jovem de novo? Sair com meus amigos, beber cerveja, fazer fogueiras, andar de skate, fazer festas em casa, esse tipo de coisa?’”, diz Mustaine. “Isso faz parte de quem eu sou, embora eu não faça mais nada disso”.

O clipe foca em um grupo de adolescentes andando de skate, causando caos, pichando paredes e enlouquecendo ao som de Megadeth — enquanto Mustaine mostra o dedo do meio para a câmera e acerta uma garrafa no rosto de um skatista. “I don’t care if I’m out of line” (“Não ligo se estou passando dos limites”), canta Mustaine. “I don’t care because this life is mine” (“Não ligo porque essa vida é minha”). Outras coisas com as quais ele não se importa: se você fica chapado, quando a verdade é uma mentira, e se você vive ou morre. Com o que ele se importa, porém, são solos de guitarra limpos e melódicos, ritmos explosivos e deixar claro para qualquer pessoa com ouvidos que ele realmente não liga.

Mustaine diz que gostou especialmente da energia do ator que raspou o cabelo em um moicano e teve as orelhas furadas com alfinetes diante das câmeras. “Ele me lembrou o Gary Oldman quando interpretou Sid Vicious”, afirma.

Ele também gostou de quebrar uma garrafa de cerveja cenográfica na cabeça de um dos atores. Essa cena, ele diz, precisou de algumas tomadas. “A única que realmente ficou boa foi a que acertei um cara no rosto”, conta Mustaine. “Eu quebrei uma na cara dele e ele disse: ‘Não funcionou muito bem.’ Aí todo mundo falou: ‘Então bate mais forte.’ E eu pensei: ‘Meu Deus, isso é tão divertido.’ E eu estava com sede, então fui pegar uma cerveja com aqueles caras, estalei a garrafa, dei um gole, tirei ela do rosto e vi o nome da cerveja no rótulo. Era tipo aquelas marcas pintadas nos muros do campo externo de times das ligas menores de beisebol, algo como Meisterlager ou algo assim. E, cara, aquilo me trouxe de volta para a realidade num segundo”.

Recentemente, Mustaine revelou que a nostalgia o levou de volta aos tempos de festas em casa de outra forma no novo álbum, que será lançado em 23 de janeiro, ao gravar um cover de “Ride the Lightning”, uma música do Metallica escrita e gravada com riffs dele. “Nossas intenções eram puras”, diz Mustaine sobre o cover. “A nossa versão era mais sobre: esta é a minha vida daqui para frente. Quero fazer coisas respeitáveis. E acho que fazer algo em que possamos prestar homenagem ao [James Hetfield]… porque é tão incrivelmente arrogante, mas a guitarra no Metallica mudou o mundo”.

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