Como era o Faith No More com Courtney Love no vocal, segundo tecladista
Futura líder do Hole fez parte do grupo de metal alternativo por cerca de seis meses em 1984, com ‘cerca de três ou quatro shows’ realizados
Pedro Hollanda
A história do rock é cheia de “quases”. Músicos que ficaram perto de fazer parte de ou permanecer em outra banda igualmente famosa, com a possibilidade de mudar tudo que viria depois. Courtney Love, por exemplo, foi a vocalista do Faith No More em 1984, antes de ambos os artistas se tornarem famosos.
Em entrevista ao Alternative Nation, o tecladista Roddy Bottum explorou as diferentes eras de seu grupo. A revisitação incluiu os primórdios com a futura líder do Hole.
Ele descreveu:
“A gente era super pé rapado na época. E éramos provocativos, eu falei no meu livro [The Royal We (2025)], meio como que era a nossa direção. Éramos um coletivo de arte mais que qualquer outra coisa. E a gente criava esses loops musicais que se repetiam infinitamente. Aí conhecemos Courtney. Ela era super jovem, a gente também, e tínhamos ótima química.”

De acordo com Bottum, a banda não dava muito valor à figura de vocalista nesse tempo. Entretanto, isso mudou com Love durante os seis meses em que ela fez parte do Faith No More.
Ele disse:
“Ela entrou numa época que a estávamos trazendo cantores um atrás do outro pra ser o rosto da banda. E, honestamente, a gente não dava credibilidade para o papel do vocalista. Mas Courtney fez um trabalho incrível. Ela é uma poetisa incrível, tem uma presença de palco marcante e foi fantástica. A gente tocou junto uns seis meses e um monte de shows. Bons tempos. Ela é uma das minhas pessoas preferidas.”
Courtney Love com Faith No More: irritante como o inferno
Roddy Bottum não foi o único integrante do Faith No More a falar sobre o período de Courtney Love na banda. Em entrevista de 1994 ao The Real Story (via Faith No More Followers), o baixista Billy Gould descreveu como a cantora se encaixou na formação.
Ele disse:
“Realmente queríamos ser agressivos, fazer música ambiente que fosse totalmente agressiva. Essa garota, Courtney, apareceu, nos viu tocar e fez uma grande propaganda sobre saber o que queríamos e ser capaz de fazer isso. Ela ficou por cerca de três ou quatro shows, e ela era boa porque era irritante como o inferno e muito agressiva.”
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