Hungria se pronuncia sobre suspeita de envenenamento por metanol: ‘Estar debilitado traz muita reflexão’
Rapper comenta internamento, gratidão renovada e o lançamento de seu novo projeto Reset
Kadu Soares (@soareskaa)
O rapper Hungria rompeu o silêncio e falou sobre o episódio que o levou a uma internação em Brasília, sob suspeita de intoxicação por metanol após ingestão de bebida adulterada. Em entrevista à Rolling Stone Brasil, ele afirmou que o susto o fez repensar rotina, saúde e família, e que a experiência, embora dolorosa, reforçou sua vontade de viver de forma mais consciente.
“Foi um susto pra mim e pra minha família. Estar debilitado traz muita reflexão, e eu sempre falo sobre aproveitar a vida, as pessoas e cada segundo”, declarou Hungria. O rapper ainda acrescentou: “A internação me trouxe uma vontade ainda maior de fazer o bem, de ser justo, de ajudar o próximo e de aproveitar mais momentos com minha família. Eu já me considerava grato, mas com certeza saí dessa experiência ainda mais consciente dos privilégios de estar saudável novamente”.
Sobre o que lhe deu forças durante o processo, Hungria foi claro: “O amor da minha família e o carinho dos fãs. Durante os dias de hospital e de recuperação, as manifestações de apoio foram diversas e intensas, essenciais pra minha melhora. Em nenhum momento me senti sozinho”.
O caso de Hungria se encaixa em uma crise mais ampla de saúde pública no Brasil em 2025: o país enfrenta um surto de intoxicações por metanol, substância altamente tóxica quando presente em bebidas adulteradas.
Agora recuperado e em nova fase, Hungria lança seu Reset (2025), uma EP que simboliza recomeço, consciência e transformação pessoal. Na mesma entrevista, ele afirma que o trabalho reflete diretamente esse capítulo de reavaliação, com letras que falam de saúde, vulnerabilidade, gratidão e efeito-espelho de quem passou por quase-queda e se levantou.
Um “Reset” na vida
A EP Reset, já disponível nas principais plataformas, marca uma retomada criativa de Hungria. Dividido em duas partes, o trabalho traz seis faixas inéditas em parceria com Duckjay, da Tribo da Periferia, e reforça o vínculo com o som das ruas e o perfil característico do rap do Distrito Federal. “Há um tempo eu sentia a necessidade de esquentar a cena de Brasília, acho que o nosso público também merecia isso”, afirma. A conexão vai além do som: é estética, cultural e afetiva. “Perceber que preservo minhas raízes, que elas continuam muito vivas”, finalizou.
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