Kevin Costner é processado por mais de R$ 2,2 milhões por taxas não pagas de aluguel de figurinos em ‘Horizon 2’
Empresa hollywoodiana Western Costume alega que Costner não quitou faturas e devolveu peças danificadas durante as filmagens de Horizon: An American Saga – Chapter 2
EMILY ZEMLER
Kevin Costner foi processado por não pagar pelo aluguel de figurinos usados na produção de seu filme Horizon: An American Saga – Chapter 2.
A Western Costume, empresa de aluguel de figurinos de Hollywood, entrou com uma ação na segunda-feira no Tribunal Superior do Condado de Los Angeles contra Costner e sua produtora, Territory Pictures, por quebra de contrato (via People). O processo pede ressarcimento por taxas de figurino não pagas e por supostos danos a parte dos itens alugados.
Na ação, a Western Costume cita uma fatura de 2024 no valor de mais de US$ 134 mil, cerca de R$ 742 mil na cotação atual, referente ao aluguel de figurinos. Segundo o processo, a produção do filme “não pagou o valor acordado pelos figurinos e não os devolveu sem danos”.
A empresa pede mais de US$ 350 mil (R$ 1,9 milhão) em indenizações, incluindo US$ 134.256,82 em aluguéis não pagos e US$ 150 mil (R$ 830 mil) em danos econômicos. A Western Costume também solicita US$ 200 mil (R$ 1,1 milhão) em honorários advocatícios e US$ 40 mil (R$ 221,5 mil) em juros acumulados sobre as faturas. Além disso, busca mais US$ 100 mil (R$ 553 mil) em indenizações punitivas.
Horizon: An American Saga – Chapter 2 é a sequência de Horizon: Uma Saga Americana – Capítulo 1 (2024), estrelado por Costner ao lado de Sienna Miller e Giovanni Ribisi. O lançamento do segundo filme foi adiado após o primeiro decepcionar nas bilheterias, arrecadando cerca de US$ 11 milhões. O Capítulo 2 foi exibido no Festival Internacional de Cinema de Veneza, em setembro, mas ainda não tem data oficial de estreia.
Problemas financeiros e legais têm marcado Costner durante a produção da série Horizon. Em maio, uma dublê do Capítulo 2, Devyn LaBella, processou Costner por uma suposta cena de estupro não roteirizada. LaBella entrou com ação contra as produtoras e contra Costner por discriminação sexual, assédio e criação de um ambiente de trabalho hostil. Ela também alegou ter sofrido retaliação após denunciar o incidente, afirmando que não foi chamada para novos trabalhos na franquia nem pelo coordenador de dublês que a havia contratado anteriormente.
Em outubro, um juiz decidiu que LaBella poderia prosseguir com oito das dez acusações no processo contra Costner. O ator havia pedido anteriormente que a ação fosse totalmente arquivada. Ele alegou que o filme é uma obra expressiva, protegida pela Primeira Emenda, e que a dublê não conseguiu demonstrar adequadamente que a cena em questão foi incluída sem aviso prévio ou sem medidas de segurança apropriadas. Após ouvir os argumentos por quase uma hora, o juiz ficou majoritariamente do lado de LaBella, entendendo que ela merece mais tempo para conduzir a fase de produção de provas e continuar com suas reivindicações.
Apesar dos obstáculos legais, Costner segue buscando financiamento para concluir a série de filmes. No ano passado, ele se reuniu com autoridades de alto escalão da Arábia Saudita e apresentou uma proposta de financiamento para o terceiro e o quarto capítulos, embora nenhum acordo tenha sido fechado, segundo o The Hollywood Reporter. O terceiro filme permanece indefinido.
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