Garoto Irrequieto

Tom Zé renova ciclos e convida cantoras em homenagem à bossa nova

Antônio do Amaral

Um lançamento com a grife Tom Zé equivale a um manifesto. Desde Estudando o Samba (1976), Estudando o Pagode (2005), Danç-Êh’Sá (2006) e agora o recém-lançado Estudando a Bossa, o repertório – e o que se faz dele em shows – sempre se transforma em acontecimento.

Picardia, ironia, erudição e teorizações sobre o impensável: assim pode ser definido o trabalho do músico de 72 anos, que justifica a presença de doze cantoras no disco – de Fernanda Takai a Mariana Aydar, passando por Zélia Duncan e Badi Assad – porque identifica a bossa nova como “uma coisa feminina”. A propósito, lembrou o músico, o temível Ary Barroso na década de 1960 dizia que bossa nova era “coisa do terceiro sexo”. “Dou graças a Deus por ter a proteção delas e se pudesse faria aqui uma obra de arte, um totem para homenagear essas mulheres maravilhosas, as cantoras do Brasil.” E a participação de David Byrne? “Ele está no disco porque a bossa nova sempre teve essa coisa de estar acompanhada de um americano”, brinca.

Você lê esta matéria na íntegra na edição 27, dezembro/2008