Rock in Rio 2017: Red Hot Chili Peppers brilha sem surpresas na última noite do festival

Banda de Flea e Anthony Kiedis trouxe a qualidade já conhecida em um set list enxuto, com 17 músicas em pouco mais de 1h30

Anna Mota

Red Hot Chili Peppers no Rock in Rio 2017
Red Hot Chili Peppers no Rock in Rio 2017 - Wesley Allen/I Hate Flash/Divulgação

A levada funk do baixo de Flea, a voz rasgada e marcante de Anthony Kiedis, a entrega de Chad Smith à bateria e os hits que todos amam fingir que sabem a letra completa: são elementos característicos de um bom show do Red Hot Chili Peppers, que sem dúvida estiveram presentes no fechamento do Rock in Rio 2017, neste domingo, 24.

Principalmente se comparado à noite anterior, que terminou com uma apresentação de mais de três horas do Guns N’ Roses, a consagrada banda de Los Angeles apresentou um set list enxuto na performance que marcou a sétima passagem pelo Brasil. Foram 17 músicas em pouco mais de 1h30, quase nenhuma palavra do vocalista (como já esperado) e alguns comentários do solto baixista, que começou o show fazendo elogios a outra atração do evento: “Estamos muito felizes por estar aqui, e também por ter a oportunidade de tocar no mesmo festival que o Sepultura”.

Apesar de atualmente estar em turnê com o disco The Getaway, lançado em junho de 2016, o Red Hot trouxe apenas três faixas do álbum – para a felicidade do público do megafestival, sempre sedento por hits. Foram elas o single principal “Dark Necessities”, “Goodbye Angels” e “Go Robot”; as três foram bem recebidas, diferentemente do trio do disco Blood Sugar Sex Magik (1991), “Sir Psycho Sexy”, “They’re Red Hot” e “The Power of Equality”, que ficaram perdidas entre “Tell Me Baby” e “Under The Bridge”, recebidas com muito entusiasmo pela plateia.

No geral, o notório vigor de Kiedis e Flea conquistou a multidão, mantendo a energia em alta no encerramento do evento. O repertório, que também passeou por hits como “Can’t Stop”, “The Zephyr Song”, “Did I Let You Know”, “Californication”, “By The Way” e que terminou com a enérgica “Give It Away”, só perdeu força nas conhecidas jams feitas por Flea e pelo guitarrista Josh Klinghoffer, que abriram espaço para a distração. É uma prática de rock bem aceita em shows próprios, mas que acaba por defasar a potência em performances desta dimensão.

No último dia, o Red Hot Chili Peppers fez o público dançar, levantou bons coros e entregou um som de qualidade sem grandes esforços. Na zona de conforto, a performance se mostrou completamente válida, mas não memorável. Uma máxima que resume, com pontuais exceções (o The Who é uma delas), o palco Mundo deste último final de semana de Rock in Rio.  

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