Leves e Soltas

Diversa e independente, nova safra de cantoras brasileiras propõe revolução discreta

Paulo Cavalcanti

Apadrinhada por Caetano Veloso, ela se inspira no cotidiano para compor
Apadrinhada por Caetano Veloso, ela se inspira no cotidiano para compor - IGNÁCIO ARONOVICH

Deve ser algo no ar ou na água: o Brasil continua sendo um terreno fértil para o surgimento das intérpretes femininas. Os não iniciados podem achar difícil acompanhar a progressão geométrica com que novos nomes aparecem, para todos os gostos e interesses. De candidatas a musa indie a novatas que respeitam as antigas tradições da MPB, todos os campos

aparecem bem cobertos.

Badalada, a paulistana Tiê, 28 anos, aposta em um trabalho autoral e foi até referendada por Caetano Veloso, que a incluiu numa lista de – nas palavras do próprio – “pessoas que tornam São Paulo interessante”. A estréia, Sweet Jardim, foi produzida por Plínio Profeta e tem apenas canções escritas pela própria Tiê – baladas folk acústicas e com sonoridade low fi, adornadas por piano e violão. “Minhas composições são autobiográficas”, ela explica. “Minha inspiração vem desde o cheiro de charuto do meu vizinho, ou alguma coisa que comi, o fi lme que vi, até meu gato gordo de 13 quilos, Jackson, que me faz cafuné.”

Você lê esta matéria na íntegra na edição 31, abril/2009