The Kooks faz “convenção indie”

Ingleses concentram moderninhos em show animado em São Paulo, nesta sexta, 19

Por Adriana Douglas

Com produção simples e muita cordialidade por parte do vocalista Luke Pritchard, a banda inglesa The Kooks marcou sua primeira passagem pelo Brasil em show na Via Funchal, em São Paulo, na noite da última sexta-feira, 19. No final da única apresentação em território tupiniquim, o saldo do quarteto foi de 22 músicas, em 80 minutos, envoltas em muita empolgação e simpatia de Pritchard, que gastou o português nos costumeiros “tudo bem?” e “obrigado”.

A plateia, repleta de moderninhos ansiosos para ver o grupo, dava os primeiros gritos histéricos quando as luzes do local se apagaram. Foi com “Always Where I Need To Be” que a “convenção indie” começou.

Ídolos de um lado, plateia do outro. Ou melhor, Hugh Harris, Peter Denton e Paul Garred (confira entrevista com o baterista) absortos em seus próprios instrumentos e Pritchard caindo no gosto do público. Entre uma subida nos equipamentos do palco e um esfregãozinho no pedestal, o inquieto frontman do The Kooks interagia com a audiência – “estamos muito felizes de estar aqui”, disse no momento de maior articulação na língua nativa.

Como prometido, os álbuns Inside In/ Inside Out e Konk foram tocados quase por completo. O jogo de luzes colorido variava de acordo com os versos: a sonhadora e apaixonada “She Moves In Her Own Way” teve ares “ensolarados”, com cores alaranjadas; depois, o cenário recebeu as sombras de três mulheres, por trás do pano branco ao fundo do palco, dançando e fazendo poses sensuais – nada muito escandaloso – ao som de “Do You Wanna”.

Na sequência, “Naive” arrancou gritos calorosos do público, que cantou a plenos pulmões. “Shine On” – com o guitarrista Harris no teclado – e “See The World” foram ovacionadas, pouco antes do grupo sair do palco e retornar para o bis.

“Obrigado por terem ficado”, diz Pritchard ao voltar e, então, anuncia uma nova composição no repertório: sozinho no palco, o vocalista entoou, ao violão, “Princess Of My Mind”, que não faz parte dos dois primeiros discos da banda, mas costuma integrar o setlist dos shows.

Já acompanhado pelos parceiros novamente, o cantor saca a vontade da maioria e quebra o “protocolo”. “Vocês querem ouvir ‘Seaside’, né?”, provoca. E pede: “Então, vamos todos cantar juntos”. Uma das mais conhecidas do Kooks, a música, lenta, foi um dos raros momentos de sossego do quarteto durante a apresentação.

Para o encerramento, a banda engatou “Stormy Weather” e “Sofa Song”, quase emendadas, com solos ardidos de guitarra, gritinhos do vocalista, e solo de baixo de Denton. Pritchard se jogou no chão e partiu para os braços e mãos dos que estavam na grade de frente para o palco, antes de encerrar a apresentação.

Confira o setlist do show:

1 – “Always WhereI Need To Be”

2 – “Matchbox”

3 – “Eddie’s Gun”

4 – “Ooh La”

5 – “Sway”

6 – “Time Awaits”

7 – “One Last Time”

8 – “She Moves In Her Own Way”

9 – “Mr. Maker”

10 – “Do You Wanna”

11 – “Naïve”

12 – “Love Is Like A Rainbow”

13 – “Down To The Market”

14 – “Shine On”

15 – “See The World”

16 – “You Don’t Love Me”

Bis:

17 – “Princess Of My Mind”

18 – “Watching The Ships Roll In”

19 – “Seaside”

20 – “See The Sun”

21 – “Stormy Weather”

22 – “Sofa Song”

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