Nevermind -

20 anos de Nevermind

Redação Publicado em 24/09/2011, às 10h58 - Atualizado às 12h42


“Smells Like Teen Spirit” foi a música que catapultou o Nirvana para o topo do mundo. Com título inspirado por uma marca de desodorante feminino (o tal Teen Spirit – Kurt afirmou desconhecer a coincidência), Cobain escreveu sobre a apatia de sua geração em uma tentativa de soar como Pixies (o riff de guitarra, porém, remete a “More Than a Feeling”, do Boston). Tamanho sucesso, porém, rendeu uma paródia: o vídeo de “Smells Like Nirvana”, do humorista Weird Al Yankovic, é assustadoramente semelhante ao original – e, por isso mesmo, hilariante.
“In Bloom” foi lançada através de um videoclipe um ano antes do lançamento de Nevermind. A versão era ligeiramente diferente (a bateria foi tocada por Chad Channing) e continha um segmento a mais que foi cortado posteriormente pelo produtor Butch Vig. Após regravada para Nevermind, a faixa também ganhou um videoclipe com diversas versões – em um deles, a banda toca em um programa de auditório de aspecto sessentista; na outra, os três músicos, usando vestidos de mulher, destroem os instrumentos diante do mesmo cenário.
“Come as You Are” foi a segunda faixa de Nevermind a ser lançada como single e serviu para fundamentar o Nirvana como a banda mais importante do rock norte-americano em 1992. Apesar disso, Kurt Cobain não se sentiu seguro em divulgar a faixa, muito por causa das semelhanças do riff principal com o da música “Eighties”, da banda punk inglesa Killing Joke. São ou não parecidos? Comprove no vídeo ao lado.
“Breed” anteriormente se chamava “Immodium” e continha versos ligeiramente diferentes da versão gravada e eternizada em Nevermind. O título era simplesmente uma “homenagem” de Kurt Cobain a uma marca de remédio antidiarréico vendido nos Estados Unidos.
“Lithium” foi o terceiro single de Nevermind e uma das faixas em que Cobain mais sofreu para gravar: é notório que Butch Vig o forçou a repetir suas partes de guitarra dezenas de vezes para se manter no tempo certo. Também ficou famosa por ter sido tocada furiosamente pelo Nirvana em sua infame participação no VMA de 1992 – que culminou com o baixista Krist Novoselic sendo golpeado na cabeça por seu próprio instrumento.
“Polly” data dos tempos de Bleach (1989), mas por opção de Cobain, a canção ficou de fora do álbum (para o compositor, o estilo manso não combinava com o restante do repertório, mais pesado). A versão gravada para Nevermind traz a participação do ex-baterista Chad Channing: são deles os pratos batidos ao final de alguns refrães. “Polly” é a única música do Nirvana a apresentar duas versões de estúdio distintas em álbuns diferentes: a faixa também está no álbum Insceticide, mais acelerada e intitulada “(New Wave) Polly”.
“Territorial Pissings” é a faixa mais rápida e violenta de Nevermind, mas não é o que dá a entender os versos alegremente proferidos por Krist Novoselic nos primeiros segundos - “C'mon people now/ Smile on your brother/ Ev'rybody get together/ Try and love one another right now” -, uma clara referência a “Get Together”, canção folk norte-americana que ficou eternizada em versão do grupo The Youngbloods.
“Stay Away” era outra das faixas de Nevermind tocada ao vivo pelo Nirvana com letras modificadas. No caso dessa, tanto título quanto refrão eram outros – “Pay to Play” (pague para tocar), uma referência às dificuldades encontradas por novas bandas para se estabelecer no underground. Durante a produção de Nevermind, a gravadora Geffen teria pressionado Cobain a alterar a letra da música – ele acabou acatando a ordem.
“Something in the Way” foi gravada com um violão Stella Harmony (http://www.stellaguitars.com/) de 12 cordas que custou a Kurt pouco mais de US$ 30 e jamais se mantinha afinado (é o mesmo instrumento usado na gravação de “Polly”). Desafinada, fora do tempo e com um violoncelo extra, acabou sendo a música mais difícil de ser gravada em Nevermind, de acordo com o produtor Butch Vig.
“Endless, Nameless” é a faixa escondida de Nevermind, que se inicia mais ou menos dez minutos após o final de “Something in the Way”. Por um erro industrial, a primeira prensagem do álbum não continha a faixa – um emaranhado de riffs desconexos, microfonia e urros primais de Cobain, registradas na base do improviso durante as sessões de gravação de “Lithium”. Não surpreendentemente, a versão brasileira do CD de Nevermind também não traz vestígios de “Endless, Nameless”.

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