Redação Publicado em 05/08/2014, às 18h35 - Atualizado às 20h37
Primeiro single da carreira do Muse a ganhar clipe, “Sunburn” trazia a atriz britânica Brooke Kinsella roubando joias e se assustando ao olhar no espelho o reflexo da banda tocando. O rock melódico ainda cru do grupo encontrava força no piano de Bellamy, que já se mostrava virtuoso guitarrista em um solo barulhento. A faixa integrou o disco Showbiz, de 1999.
Para Origin of Symmetry, o Muse decidiu aumentar o leque de influências e referências sonoras. Entretanto, foi com os básicos guitarra, baixo e bateria que o grupo encontrou o primeiro hit da carreira: “Plug In Baby”. O videoclipe traz, além da “performance” do grupo em um quarto, mulheres que aparecem como máquinas “ligadas” (como sugere o título da faixa) a aparelhos como celulares e secadoras de cabelo. No fim do vídeo, Bellamy aparece paralisado, como se tivesse sido desligado da tomada.
Também é do álbum Origin of Symmetry (2001) o single “Bliss”. Apesar de não ser uma das faixas “obrigatórias” do repertório do grupo, “Bliss” possui um dos clipes mais marcantes do grupo. Com os cabelos tingidos de vermelho, Bellamy surge em constante queda, em um buraco infinito, que leva ao espaço. O vídeo cria tenta recriar toda a tensão dos arranjos fluidos, assim como a ansiedade provocada pela letra.
Lançado em 2003, Absolution, o terceiro disco do Muse, estreou no número das paradas do Reino Unido, contendo o primeiro single do grupo a figurar entre os dez primeiros: “Time Is Running Out”. O videoclipe traz o trio disparando riffs em uma sala de reunião entre o que parecem ser militares e líderes políticos. Conforme o desenrolar da música, as pessoas no cômodo começam a fazer ligações, marchar e até cair no chão. Durante o solo hipnótico, surgem homens e mulheres dançando com aparência sensual.
Fugindo aos padrões do grupo, o clipe de “Hysteria” não traz nenhuma imagem dos integrantes do trio com seus instrumentos. O vídeo apresenta cenas que se conectam com o título da música, com um homem entrando em desespero ao assistir a um vídeo em um quarto de hotel. Móveis, cadeiras e até uma televisão é quebrada.
A carreira do Muse – tanto em crítica, quanto em público – seguiu um crescimento linear desde o disco de estreia, Showbizz, de 1999. Em 2006, com Black Holes and Revelations, o trio chegou ao auge, com um dos álbuns mais bem sucedidos comercialmente. O single “Supermassive Black Hole” – de riff e batidas contagiantes – chegou ao número das paradas e fez parte da trilha sonora do primeiro filme da saga Crepúsculo, em 2008, ganhando um vídeo bem sucedido com cenas do longa. Entretanto, desde 2006, a música já possuía um complexo e intrigante clipe, no qual os músicos apareciam com máscaras em uma estética sinistra e misteriosa.
Black Holes and Revelations rendeu cinco singles ao Muse. Um deles foi “Starlight”, talvez a música da banda que melhor funciona ao vivo. O clipe da faixa traz uma imagem quase caricata dos versos “Far away/ This ship is taking me far away” (“Para longe/ Este barco está me levando para longe”), enquanto o trio realmente é levado por um barco. O refrão é ilustrado com a noite, luzes e explosões. “Starlight” escancara uma das características dos vídeos do Muse: imagens sobrepostas com rapidez, câmeras tremendo propositalmente e explosões, sempre marcando os refrãos agitados.
Pegando carona no sucesso de Black Holes and Revelations, The Resistance superou os números de venda conquistados pelo Muse, com o lançamento em 2009. O quinto disco do trio venceu o Gammy de Melhor Álbum de Rock, rendendo quatro single. Um dos mais icônicos clipes do Muse – com mais de 60 milhões de visualizações no YouTube – “Uprising” traz Matthew Bellamy, Christopher Wolstenholme e Dominic Howard tocando atrás de uma caminhonete, ilustrando os arranjos de teclado e o baixo pulsante da faixa.
O segundo single de The Resistance foi “Undisclosed Desires”, sem guitarras distorcidas, viradas de bateria ou linha de baixo. Se a faixa apresenta uma aproximação do grupo com uma música mais solta e eletrônica, o clipe não é diferente. Luzes, máquinas e muitos fios decoram o salão onde o trio toca instrumentos – que não parecem instrumentos tradicionais – em uma estética com as cores preto, vermelho e branco.
O refrão de “Madness” é certamente a maior marca da nova fase do Muse em 2012. O single fez parte do controverso The 2nd Law, recebido de maneira difusa pela crítica, além de ter decepcionado alguns fãs. A batida pop e a melodia eletrônica criam o clima para a letra com a repetição do título da faixa (“Ma-ma-ma-ma-madness”), em um flerte com uma música mais pop, com influência do Queen. O clipe não nega o apego da banda com a explosão de luzes e histórias dramáticas, levando ação a uma estação de metrô.
Andrea Bocelli ganha documentário sobre carreira e vida pessoal
Janis Joplin no Brasil: Apenas uma Beatnik de Volta à Estrada
Bonecos colecionáveis: 13 opções incríveis para presentear no Natal
Adicionados recentemente: 5 produções para assistir no Prime Video
As últimas confissões de Kurt Cobain [Arquivo RS]
Violões, ukuleles, guitarras e baixos: 12 instrumentos musicais que vão te conquistar