Cantor fala do novo disco do Mumford & Sons e ignora a dance music
Patrick Doyle | Tradução (Mumford & Sons): J.M. Trevisan Publicado em 12/11/2012, às 14h38 - Atualizado às 14h40
“Estou apavorado”, diz Marcus Mumford. Ele acabou de chegar ao quarto de hotel dele em Nova York, onde o Mumford & Sons está para uma participação no Saturday Night Live, parte da divulgação de Babel, disco sucessor de Sigh no More (2009). “Espero que amplie nosso som um bocado”, diz o cantor de 25 anos sobre o novo álbum. “Você se sente muito defensivo antes de o disco sair. Não entro na internet. Algumas pessoas vão gostar e outras não vão, e ainda estou me acostumando com isso.”
Ouvi que você gosta de fazer longos passeios de moto durante as turnês. O que te atrai nisso?
Sair da cidade rumo ao interior é muito legal. Porque você corre o risco de entrar na monotonia da turnê – você é como um eremita. E pode acabar vivendo em ambientes de ar condicionado, por isso respirar um pouco de ar fresco é crucial.
Vocês devem ser reconhecidos o tempo todo, não?
É, às vezes é constrangedor. Eu estava pegando um café, e um cara começou a gritar sobre nossa apresentação no Grammy. Foi tipo: “Valeu, cara. Mas fala baixo!”
Falando da apresentação no Grammy com Bob Dylan, chegou a ouvir o álbum novo dele?
Sim, gostei bastante. Ele é como um rapper – começa a discursar inflamadamente e não para. Isso é legal. Amo a música “Long and Wasted Years”.
Qual sua frase favorita dele?
“Name me someone that’s not a parasite and I’ll go out and say a prayer for him” [“Diga-me o nome de alguém que não seja um parasita e eu rezarei por ele”], de “Visions of Johanna”. Acho do cacete. É corajosa. Simplesmente ergue o dedo do meio para todo mundo, incluindo os cínicos.
O que vocês ouviam quando estavam gravando Babel?
Gravamos intermitentemente por oito meses, por isso foi uma verdadeira jornada. Emmylou Harris, as coisas antigas de Ryan Adams. E voltei a ouvir muito Radiohead. Fez com que eu voltasse a me apaixonar pela música da banda.
Qual o seu álbum favorito?
No momento, Hail to the Thief.
É uma escolha pouco comum.
Acho simplesmente genial. Foi lançado em um momento verdadeiramente importante da minha vida, quando eu estava no ensino médio, e me apresentou à arte do álbum, mesmo. O Radiohead foi a primeira banda pela qual fiquei obcecado.
No lado oposto do espectro, você já ouviu Skrillex?
O Skrillex é, tipo, muito popular, não? Nunca ouvi uma música dele. Isso mostra o quão “eremitamente” fechado no meu próprio ciclo tenho sido recentemente.
Onde espera que a banda esteja daqui a dez anos?
Estávamos falando um pouco sobre isso ontem. Quero estar lançando mais discos e fazendo mais shows, mas não temos essa sede pelo estrelato. Não somos o tipo de banda que quer tocar em estádios. Tudo isso tem acontecido muito por acidente, por isso estamos meio que lidando com todas essas coisas conforme elas acontecem. Que seja – a indústria da música é muito instável.
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