Acordes Valiosos

Compositor JP Mendonça, de Verdades Secretas, defende o valor da trilha sonora

Lucas Borges

Publicado em 08/01/2016, às 16h12 - Atualizado às 16h21
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Mendonça em ação - Reprodução

O carioca João Paulo Mendonça é um artista dos bastidores da dramaturgia e defensor ferrenho de sua área de atuação, a trilha sonora. “É 33% para o diretor, 33% para o texto ou roteiro e 33% para o argumento musical”, ele define, dividindo a importância de cada uma das áreas em uma produção. Depois de andanças pelos Estados Unidos, Japão, Tailândia e Camboja, esse fã de rock progressivo acabou retornando ao Brasil. JP Mendonça trabalhou em séries e novelas como Bang Bang, A Grande Família, Dona Flor e Seus Dois Maridos e Fina Estampa, da Globo, mas foi em 2015 que chegou a um dos destaques de sua carreira, Verdades Secretas. Na novela, se inspirou no dinamarquês Jacob Kirkegaard para explorar novas sonoridades. Bastante atuante também no teatro, o carioca está em cartaz atualmente com Talk Radio (peça inspirada no filme homônimo de Oliver Stone) e em 2016 fará a trilha da nova montagem teatral de Doroteia, de Nelson Rodrigues, com Letícia Spiller no elenco. “E estou escrevendo uma ópera baseada em um texto filosófico do século 6, pesquiso muito”, revela ainda, antes de uma última tese fervorosa sobre o valor dos sons. “Se você parar para pensar, tem uma dicotomia entre música e imagem. A música é de certa forma uma arte invisível – se ela chamar muita atenção, está atrapalhando.”

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