Com EP, Capital Inicial reafirma a vontade de se manter na ativa sem se apoiar apenas nos hits do passado.
Lucas Brêda Publicado em 13/08/2014, às 12h20 - Atualizado em 19/08/2014, às 14h22
Um ano e meio após o lançamento do disco Saturno, o Capital Inicial volta a divulgar inéditas no mercado querendo “chamar atenção”, afirma Dinho Ouro Preto. O EP Viva a Revolução, que chega às lojas este mês, traz seis faixas com tudo novo: parcerias, produtor e formato. “Essas opções foram [escolhidas] para fazer algo que o Capital não faz”, explica o vocalista. “A gente usou até fotógrafo e diretor de vídeo diferentes.”
Uma das surpresas é a produção de Liminha, que só havia trabalhado com o grupo uma vez, no primeiro single da carreira do quarteto, “Descendo o Rio Nilo” (1985). “Ele inverteu o processo de gravação”, comenta o guitarrista Yves Passarell. Outra inovação vem na faixa- -título, uma parceria com o Cone- CrewDiretoria, que teve a bateria gravada em sobreposição à batida eletrônica feita pelo coletivo de rap. A música traz um convite de Dinho Ouro Preto para o ouvinte ir às ruas. “Eu queria capitalizar esse sentimento de mudança”, afirma. Ele esteve com os filhos nos protestos de 2013, em São Paulo.
O frontman, que diz votar nulo desde a explosão do mensalão, deixa clara a vontade Com EP, Capital Inicial reafirma a vontade de se manter na ativa sem se apoiar apenas nos hits do passado Por Lucas Brêda lançamento de apoiar algum candidato nas próximas eleições. “Quero ouvir todos, já fui à casa do Eduardo Campos. Mas duvido que a Dilma me receba.” O baterista Fê Lemos acrescenta: “Quando a gente tinha 18 anos, achava que hoje o Brasil estaria bem. Agora temos 50 e as coisas estão piorando”.
Mas, se para eles o país não mudou de direcionamento nas últimas décadas, na carreira muita coisa foi alterada. Em 1986, na faixa “Psicopata”, Dinho cantava o verso “sempre assisto à Rede Globo com uma arma na mão”; já em 2014, entre os meses de abril e julho, ele atuou como jurado do programa SuperStar, da emissora televisiva. “Nossas músicas não mudam, mas se nos chamarem
para tocar na Globo ou participar de um programa, a gente não tem que ter pudor”, rebate o vocalista. Nos quase 30 anos que separam “Psicopata” e Viva a Revolução, a banda de Brasília deixou para trás as drogas, alguns integrantes, e, principalmente, a ingenuidade. “Eu estava doidão muito tempo naquela época”, Dinho confessa. “A gente não sabia compor, escrever, não sabia fazer nada.” Com a experiência que tem hoje, o Capital Inicial quer aproveitar o controle artístico e se fazer ouvir pelo máximo possível de pessoas. “Para uma banda veterana, o mais importante é lançar um disco que não passe despercebido”, decreta o cantor.
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