Se a música digital veio para ficar, vinil ensaia retorno desbancando o CD
David Browne e Filipe Albuquerque Publicado em 07/08/2008, às 18h27
Desde o ano passado, a indústria fonográfica mundial assiste a uma movimentação curiosa. Dado por muita gente como morto, o disco em vinil começa a ensaiar uma possível ressurreição.
Em 2007, segundo a Nielsen SoundScan, quase 1 milhão de LPs foram comprados nos Estados Unidos (em 2006, foram 858 mil). O número deve pular para 1,6 milhão até o final do ano (de acordo com a Recording Industry Association of America, a produção de CD caiu 17,5% durante o mesmo período de 2006-07). Vendas de toca-discos no país - que caíram de 1,8 milhão em 1989 para 275 mil em 2006, de acordo com a Consumer Electronics Association - subiram em 2007, quando meio milhão de aparelhos foram vendidos.
A desilusão com o som do CD e do mp3 surge como a razão da volta do vinil. "Com o vinil, a amplitude vai do preciso ao mais quente quando a idéia é reproduzir o material original", explica Bob Ludwig, engenheiro de masterização que trabalhou com Bruce Springsteen e Nirvana. O som comprimido dos mp3s só exacerbou a tendência de degradação de áudio. "[O mp3] pega 90% da música e joga fora."
Você lê esta matéria na íntegra na edição 23 da Rolling Stone Brasil, agosto/2008
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