Cee Lo Green fala de seu amor pelo Queen e o futuro do Gnarls Barkley
Por Austin Scaggs Publicado em 13/01/2011, às 15h30
Cee Lo Green começou seu segundo álbum com um objetivo específico. "Acho que as pessoas estavam convencidas de que eu era o Gnarls Barkley 24 horas por dia, sete dias por semana", diz o cantor, 35 anos. "Com este álbum eu quis dizer: 'Deixem-me assegurar que vocês não me conhecem completamente'." The Lady Killer, que saiu no início de novembro, destaca seu lado romântico com uma produção luxuosa que remete ao doo-woop dos anos 50, à disco dos 70 e ao pop dos 80.
Por que você acha que "Fuck You" estourou tão rápido?
Porque é uma gracinha de música [risos]! É desarmadora e não soa nada como o título - tem um tom bem brincalhão. É "Fuck You" ["vá se foder"] - mas com um sorriso na cara.
Qual o motivo do título The Lady Killer?
Adoro as mulheres. E não creio que realmente tenha tido oportunidade de mostrar esse meu lado. Achei que talvez fosse uma boa hora para isso.
Qual sua tática quando vê uma garota que te atrai?
Não existe receita. Você tem que analisar a ocasião e adaptar a conversa que melhor se adequa a ela. As letras do R&B moderno vão direto ao ponto, mas eu prefiro o caminho mais longo, observando a paisagem, entende o que eu quero dizer? Sempre tive jeito com as palavras. Prefiro uma mulher que aprecie poesia e encoraje a eloquência, porque é divertido. Ou talvez eu apenas goste de me ouvir falar [risos].
Quais cantores te emocionam de verdade?
Freddie Mercury. A música do Queen soa teatral, e isso é algo que Freddie trouxe ao rock. "Killer Queen" e "Somebody to Love", todos esses arranjos grandiosos. Ele não pensava pequeno e, mesmo quando o fazia, era em obras-primas minimalistas como "We Will Rock You" ou "Another One Bites the Dust". Acho o Freddie simplesmente incrível, um vocalista maravilhoso.
Seus filhos são músicos?
Minha filha é cantora e meu filho consegue imitar quase qualquer coisa - riff ou voz. Foi assim que comecei. Cantava acompanhando Al Green e depois de um tempo minha voz ficava encharcada com a dele e não dava sequer para diferenciar um do outro.
Você canta o gancho na nova música do Slim Thug, "Marijuana". Você fuma?
Não fumo de jeito nenhum! Na época do primeiro álbum do Goodie Mob, tive um ataque de ansiedade induzido por erva e nunca mais fiquei confortável com o fumo. O engraçado é que, quando essa música saiu, eu pensei: "Fiz uma música com Slim Thug?" Não me lembro de cantar aquela parte e nem mesmo entendo o que estou cantando.
Você tem várias tatuagens. Ama ou odeia alguma delas?
Eu meio que me arrependo de todas. Estava comemorando coisas que eram importantes para mim, como minha mãe e o Goodie Mob. Nunca tinha me dado conta do quão permanente elas seriam. Agora eu olho para elas e penso: "Bem, podiam ser melhores".
E o grupo Gnarls Barkley?
Nada no momento. Vamos retornar em um futuro próximo. Falei com Danger Mouse outro dia, e ele me ligou quando "Fuck You" saiu. Ele adorou.
No que gastou sua parte do dinheiro de "Crazy"?
As pessoas diziam: "É, compra aquele Rolls-Royce!" Mas com toda a sinceridade é desnecessário. Comprei um rancho que fica a uma hora de Atlanta. É muito pacífico, quieto e sereno. Eu costumava ter uns dois cavalos - mas agora sou o único animal por lá.
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