O ator Jason Beghe é um dos entrevistados de Going Clear, documentário negativo sobre a cientologia
Andy Greene | Tradução: Claudia Avallone Publicado em 13/05/2015, às 10h45 - Atualizado às 10h59
Certa noite, há cerca de sete anos, o ator Jason Beghe se deparou com sua própria página na Wikipédia. Na parte inferior, encontrou uma descrição que o deixou consternado: “defensor da cientologia”. Beghe, que hoje atua na série Chicago P.D., havia deixado a igreja alguns meses antes. Ele decidiu, então, postar um vídeo de duas horas no YouTube, no qual afirmava que a organização “era muito perigosa para a saúde mental, psicológica, espiritual, emocional e evolutiva de
qualquer pessoa”. O vídeo caiu como uma bomba no mundo todo e o colocou na mira dos seguidores do grupo religioso.
Beghe é o mais carismático entrevistado de Going Clear: Scientology and the Prison of Belief (algo como: “Às Claras: Cientologia e a Prisão da Crença”, sem previsão de estreia no Brasil), documentário sobre a cientologia do diretor Alex Gibney. Segundo o ator, investigadores particulares contratados pela igreja começaram a acompanhar seus passos depois que ele postou o vídeo; eles o acusaram, a partir de uma suposta denúncia anônima, de abusar fisicamente dos próprios filhos, em um imbróglio que acabou envolvendo um processo judicial após Beghe se atracar com um agente.
A cientologia chama Beghe de inseguro, desonesto e tendencioso e o coloca no mesmo balaio de outros ex-membros que falam mal da igreja em Going Clear. Por outro lado, o ator chama o líder da igreja, David Miscavige, de sociopata. “Eles acham que são a única esperança para salvar a humanidade e que por isso todos os seus truques sujos se justificam.”
Ironicamente, foi Miscavige quem chamou Beghe para ser o garoto-propaganda da cientologia nos anos 1990. Mas, quando a mulher do ator engravidou, em 2002, ele resolveu fazer o que chama de “inventário destemido de todas as besteiras da minha vida”. “Então, percebi que estava numa porra de um culto. Decidi sair e disse a eles que queria ‘um divórcio amigável’”, conta. “Mandaram seis pessoas para me convencer a ficar. Eles têm essa coisa de se desconectar de quem não faz parte da cientologia, mas, quando você resolve se desligar da igreja, aqueles filhos da mãe não deixam você sair.”
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