Do indie islandês do Sigur Rós ao pop de estádio de Justin Bieber, estes são dez dos discos mais esperados de 2012
Tradução: J. M. Trevisan Publicado em 11/05/2012, às 17h15
Maroon 5
OVEREXPOSED 26 DE JUNHO
As apostas no soul-pop do Maroon 5 cresceram bastante, em especial depois da bem-sucedida entrada do vocalista Adam Levine no júri do programa The Voice. “O alcance da TV aberta [norte-americana] é astronômico”, diz o baixista Mickey Madden. O sucesso do programa ajudou o grupo a emplacar o maior sucesso da carreira com “Moves Like Jagger”, no ano passado. “Aquela música abriu muitas portas”, diz Levine. “Agora podemos fazer experimentos.” O novo trabalho mira no sucesso radiofônico, com produção executiva do hitmaker sueco Max Martin. Várias faixas têm uma influência reggae, enquanto o possível single “Payphone”, com a participação de Wiz Khalifa, tem um sabor disco, daqueles de encher a pista de dança.
Linkin Park
LIVING THINGS JUNHO
“Este é um disco mais baseado nas próprias músicas”, diz o rapper e multi-instrumentista Mike Shinoda sobre o sucessor de A Thousand Suns, de 2010. “Queríamos fazer algo mais pessoal.” Coproduzido por Shinoda com a ajuda do parceiro de longa data Rick Rubin, o material é o trabalho mais poderoso da banda desde o mega-hit de estreia em 2000. Em “Lost in Echo”, Shinoda evoca suas raízes como MC, e o hino “Burn It Down” apresenta o característico vocal de chamado e resposta de Shinoda e Chester Bennington – tudo sobre bases de eletro.
Jimmy Cliff
REBIRTH JUNHO
O gigante do reggae – que entrou para o Hall da Fama do Rock and Roll em 2010 e cumpre uma extensa agenda de shows – volta às suas origens ska, rocksteady e soul-roots com um poderoso disco produzido em equipamento vintage, gravado com uma equipe de obcecados por música jamaicana liderados por Tim Armstrong, do Rancid. “O Tim é um especialista em reggae”, diz Cliff. “Ele sabe quem tocou qual tipo de instrumento, em que ano e tudo mais. Foi realmente fantástico [trabalhar com ele].”
Alanis Morissette
AINDA SEM TÍTULO JUNHO
Alanis compôs as faixas novas em casa, enquanto cuidava do filho recém-nascido. Praticamente todas as músicas têm um refrão monstruoso – da balada “Havoc” a “Celebrity”, uma crítica dura à obsessão dos Estados Unidos com a fama. “I am a tattooed sexy dancing monkey” (“Sou uma macaca dançarina tatuada e sexy”), ela canta. “Sim, foi inspirada em pessoas específicas”, ela diz. “Mas nunca vou falar sobre isso, porque seria muito rude.”
Sigur Rós
VALTARI 29 DE MAIO
O título do sexto álbum de estúdio dos islandeses quer dizer “rolo compressor” – uma descrição perfeita para o som épico e celestial do disco. O vocalista Jónsi Birgisson leva o estilo espectral de cantar a terrenos nunca antes explorados, flutuando em hinos sublimes que chegam a atordoar. “Soa meio brega dizer isso mas, quando escuto [essas músicas], imagens vêm à minha cabeça”, diz o baixista Georg Hólm. “Me vejo subindo uma montanha sozinho, observando uma paisagem enorme, ouvindo apenas o meu coração bater. Me deixa arrepiado – o que é sempre um bom sinal!”
Beach House
BLOOM 15 DE MAIO
No ano passado, a vocalista Victoria Legrand e o multi-instrumentista Alex Scally levaram uma van lotada de sintetizadores e guitarras de Baltimore até um estúdio escondido no meio de um pomar, nos arredores de El Paso, Texas. A dupla passou dois meses elaborando um substituto ainda mais nebuloso e lindo para o álbum de estreia da dupla, Teen Dream (2010). “Foi intenso”, diz Victoria. “Mas não acho que deveria ser fácil. Quando é fácil acaba não sendo muito gratificante.”
John Mayer
BORN & RAISED 22 DE MAIO
O quinto disco solo de Mayer é o mais solto da carreira dele, indo da pegada Allman Brothers de “Queen of California” à faixa-título, com harmonias que lembram Crosby, Stills & Nash. “É bem arejado”, diz o produtor Don Was. Mayer gravou a maior parte das faixas em outubro passado, antes de passar por uma cirurgia nas cordas vocais. No fim, Was acabou usando várias gravações de vocal dessa época. “A voz dele ficava ótima um pouco mais grossa”, explica.
Fiona Apple
THE IDLER WHEEL JUNHO
Foram sete longos anos desde o último disco. Detalhes permanecem escassos, mas Fiona tem tocado um punhado de faixas novas com títulos como “Valentine” e “Every Single Night” em shows. A melhor de todas? A tórrida “Anything We Want”, em que ela canta: “I kept touching my neck/To guide your eye to where I wanted you to kiss me/When we find some time alone” (“Eu continuei tocando meu pescoço/Para guiar seus olhos onde eu queria que você me beijasse/Quando conseguimos ficar sozinhos”).
Justin Bieber
BELIEVE FIM DO ANO
Com 18 anos recém-completados, o ídolo teen tem Justin Timberlake como referência no terceiro álbum, que está sendo gravado em Los Angeles. Kanye West e Drake estariam entre os astros convidados. O time de produtores conta com Diplo, que recentemente passou quatro dias com Bieber elaborando faixas mais rápidas, ao estilo do Jackson 5. “Todo mundo quer participar desse disco”, diz o produtor.
Neil Young and Crazy Horse
AMERICANA 5 DE JUNHO
No primeiro álbum de estúdio com a formação completa do Crazy Horse (o grupo de apoio mais tradicional de Young) desde 1996, os heróis do rock de garagem desfilam uma sequência furiosa de interpretações de sucessos tradicionais do folk (mas aqui recheados de distorção e barulho, bem longe dos arranjos já consagrados), de “Oh Susanna” a “This Is Your Land”. Muitas das covers apresentam novas melodias, bem mais soturnas, e os solos raivosos de Neil Young, que lembram as guitarras do disco Ragged Glory e evocam as harmonias fantasmagóricas de um coral infantil. “São músicas que todos nós conhecemos desde o jardim de infância”, Young disse recentemente. “Mas o Crazy Horse fez novos arranjos para cada uma, e agora elas são nossas.” Espera-se que a banda volte à estrada com estas “velhas novas músicas”.
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