Taylor Swift - Evan Agostin

DNA Musical

Doze grandes nomes da música revelam quais canções mudaram suas vidas

Redação Publicado em 17/09/2015, às 17h09 - Atualizado em 18/09/2015, às 18h18

Taylor Swift

1. “YOU’RE SO VAIN”, CARLY SIMON 1972

A música fez todo mundo se perguntar: “Sobre qual examante famoso ela estava falando?” Senti as marolinhas dessa curiosidade pública absurda afetarem minhas

próprias letras. Era uma pré-adolescente obcecada por poesia na primeira vez em que ouvi o fora genial [da letra da canção] “Você é tão vaidoso que provavelmente acha que esta música é sobre você”. Quase dez anos depois, Carly Simon e eu cantamos “You’re So Vain” diante de 65 mil fãs.

2. “THIS KISS”, FAITH HILL 1998

Cantei essa música na minha audição para o coral na 4º série. Acho que ela mudou a maneira como eu via a música country e a música em geral. Todos amavam “This Kiss”, não só os fãs de country, mas de pop e rock também. Acho que dá para dizer que o tema me influenciou.

3. “LEGO HOUSE”, ED SHEERAN 2011

Fiquei tão intrigada com essa faixa que pedi a Ed que compusesse para meu disco Red. Escrevemos em um quarto de hotel, em Phoenix, comemos hambúrguer e basicamente viramos uma presença constante na vida um do outro.

4. “BLOOD BANK”, BON IVER 2009

Acho que é uma das canções de amor mais lindas que já ouvi. Meus versos preferidos: “Aquele segredo que conhecemos e não sabemos como contar/ Estou apaixonado por sua honra/ Estou apaixonado por suas bochechas”. Acho que gosto porque me lembra de como é sentir amor.

5. “THE MIDDLE”, JIMMY EAT WORLD 2001

Lembro que a ouvi quando estava no ônibus escolar e ela me confortou, porque nunca achei que me encaixava em nenhuma panelinha da escola. Queria que cada adolescente solitário pudesse ouvir Jim Adkins cantar “Não se preocupe com o que eles dizem a si mesmos quando você não está perto”.

6. “HANDS DOWN”, DASHBOARD CONFESSIONAL 2003

Minha experiência no ensino médio foi marcada por memórias de festas em que cantava “Hands Down”. É a melhor narração de um primeiro encontro inesquecível que já ouvi.

7. “BACKSEAT FREESTYLE”, KENDRICK LAMAR 2012

No ano passado eu me mudei para Nova York e passei a lidar com dezenas de paparazzi do lado de fora da minha casa todo dia. No começo ficava muito nervosa toda vez que estava prestes a abrir a porta do carro. Eles se amontoavam em volta de mim e gritavam. Então, um dia, coloquei meu iPhone no shu e e “Backseat Freestyle” tocou. Algo

na batida e na voz de Kendrick fez com que me sentisse segura.

Supla

1 . “AIN’T GOT NO/ I GOT LIFE”, NINA SIMONE 1968

A interpretação da Nina Simone é poderosa, algo único. A sonoridade dessa canção inspirou muito o primeiro álbum do Brothers of Brazil.

2. “VINCENT”, DON MCLEAN 1971

O disco American Pie é importante para mim, é algo que meus pais ouviam. Talvez seja difícil escolher só uma música desse álbum, que é todo feito de arranjos muito bonitos.

3. “APELO”, VINICIUS DE MORAES, TOQUINHO E MARIA BETHÂNIA 1974

Essa é uma das canções mais tristes que conheço. A interpretação da Bethânia é impecável. A música me lembra de quando morava nos Estados Unidos e percebi que podia misturar rock e bossa nova.

4. “LOST IN THE SUPERMARKET”, THE CLASH 1979

The Clash foi um choque na minha vida. Depois que ouvi os discos pela primeira vez, achei melhor deixá-los por perto. Essa música é um retrato do que é o Clash: uma agressividade elegante, que sabe ser suave quando necessário.

5. “O QUE SERÁ (À FLOR DA TERRA)”, CHICO BUARQUE E MILTON NASCIMENTO 1976

Essa canção, além de perfeita musicalmente, me emociona demais, mesmo a tendo escutado inúmeras vezes. É uma obra obrigatória para entender nossa música e nossa história.

6. “BURNING DOWN THE HOUSE”, TALKING HEADS 1983

A gente faz música fácil hoje em dia. David Byrne é um gênio. Quando comecei a estudar as músicas deles e identifiquei a influência do Vivaldi na obra do Talking Heads, pirei. É impressionante como esses caras fazem a ponte perfeita entre mundos musicais que parecem distantes.

7. “ALL ALONG THE WATCHTOWER”, JIMI HENDRIX 1968

O Jimi Hendrix detestava a própria voz e considerava o Bob Dylan o maior letrista de todos os tempos. Eu só concordo com a segunda parte. Essa faixa [cuja letra é assinada por Dylan] é a junção de dois monstros da música.

Marilyn Manson

1. “WE ARE THE DEAD”, DAVID BOWIE 1974

Ouvi ao me mudar para Los Angeles. Ela não teria me impactado tanto se eu a tivesse ouvido quando criança, em Ohio. Parecia ser sobre a cultura de Hollywood, um canibalismo nojento.

2. “STRAIGHT OUTTA COMPTON”, N.W.A 1988

Estava em uma fase musical completamente diferente quando a ouvi pela primeira vez. Morava na Flórida e ficava relutando com o ambiente em que estava, que era composto de muito 2 Live Crew e N.W.A. Mas acabei ouvindo essa e pensei: “Quer saber? N.W.A é tão punk quanto qualquer um”.

3. “CRY ME A RIVER”, JUSTIN TIMBERLAKE 2002

As pessoas subestimam o quão foda Justin Timberlake pode ser. Vindo de uma boy band, ele provavelmente queria mostrar um lado mais sombrio – isso é “Cry Me a River”. E meu grande amigo Johnny Depp disse que Timberlake “compraria um fígado para mim” se um dia eu precisasse.

4. “I’M EIGHTEEN”, ALICE COOPER 1971

Escutei porque minha mãe, fã de Neil Diamond e Bee Gees, também amava Cooper. Quando fiz uma turnê com ele, cantamos essa e realizei um sonho de infância.

Céu

1. “OBA LÁ VEM ELA”, JORGE BEN 1970

Essa canção resume tudo que eu amo nesse grande artista. O violão, a voz e a maneira de usá-la, a dinâmica e, ainda, aquela frase linda das cordas no final, tão clássica em algo tão tropical. Eu o conheci porque era amigo da minha mãe. Quando fui pesquisar a música dele, fiquei maluca!

2. “LOVE THEME FROM FLASHDANCE”, HELEN ST. JOHN 1987

Flashdance – Em Ritmo de Embalo e Dirty Dancing: Ritmo Quente foram extremamente marcantes na minha préadolescência. Sempre curti dançar, cheguei a fazer balé. E esse assunto, misturado com dramas amorosos e toda aquela estética, faz parte da minha vida.

3. “OS NOTURNOS”, CHOPIN 1827-1846

Qualquer um deles me faz voltar no tempo. Meu avô Firmino tocava isso no piano quando eu era bem pequena.

4. “VAPOR BARATO”, GAL COSTA 1971

Fui ver meu primo Fernando Alves Pinto no filme Terra Estrangeira, da Daniela Thomas e do Walter Salles. Acho que isso foi em 1995. O longa é encerrado com um plano lindíssimo, ao som da voz única da Gal cantando “Vapor Barato”. Fiquei muito impressionada com tudo.

5. “AS THE WORLD FALLS DOWN”, DAVID BOWIE 1986

Foi com essa canção que eu entrei no universo do Bowie, apaixonada pelo filme Labirinto – A Magia do Tempo. Era muito menina. Sentia uma mistura de curiosidade com medo quando ele aparecia na tela. E tinha essa canção que eu adorava. Em seguida, fui conhecendo todo o universo dele. Quanto mais eu me aprofundava, mais eu entendia que não conhecia de verdade.

6. “AMOR CERTINHO”, JOÃO GILBERTO 1960

Eu simplesmente adorava quando meu pai tocava essa no violão para eu cantar com ele. Sempre fizemos muito isso nas festas da minha família, tudo acabava em violão. Essa eu sempre aguardava ansiosamente.

7. “MADRUGADA E AMOR”, CAETANO VELOSO 1975

Essa canção me conforta. Sempre que quero uma espécie de “colo musical” escolho essa, me tranquiliza e aquieta.

8. “FEEL LIKE MAKIN’ LOVE”, ROBERTA FLACK 1974

Antes de passar uma temporada nos Estados Unidos, aos 18 anos, não era tão familiarizada com o R&B. Fui atrás desse som por causa das minhas divas daquela época, Erykah Badu, Lauryn Hill, que por sua vez falavam de Chaka Khan e Roberta Flack. Foi assim que me deparei com essa canção de arranjo cool, sem tantas daquelas firulas vocais. Achei lindo.

Digão

1. “HELLS BELLS”, AC/DC 1980

Minha irmã fez um intercâmbio nos Estados Unidos e trouxe um Atari e um vinil de Back in Black, do AC/DC. Lembro-me de colocar o disco em um antigo 3 em 1 que tínhamos na sala de casa. Ajustei no volume máximo, um sino ecoou, depois a guitarra de Angus Young invadiu o espaço e mudou a minha vida para sempre! Virei o “gordo que gosta de rock pauleira”.

2. “ANARCHY IN THE UK”, SEX PISTOLS 1976

Quando minha irmã voltou da Europa, passou a ir a umas festas punk. Eu pescava as conversas dela com o meu irmão na hora do almoço e logo fiquei curioso e pedi à minha mãe o Never Mind the Bollocks. Passei a deixar de lado o heavy metal e curtir o punk rock.

3. “SURFIN’ BIRD”, RAMONES 1977

Comecei a frequentar o Gilbertinho, um lugar onde a galera alternativa de Brasília se reunia às sextas e sábados, e fui me enturmando com o pessoal das bandas. Eles me apresentaram ao Ramones, o que foi o divisor de águas definitivo na minha formação musical. Foi nessa época também que tive a minha primeira banda de verdade. Chamava-se Filhos de Mengele, e foi com ela que eu aprendi a minha primeira cover do Ramones, “Surfi n’ Bird”.

4. “CALIFORNIA UBER ALLES”, DEAD KENNEDYS 1980

No Gilbertinho também comecei a andar com o Canisso, que só ouvia Dead Kennedys. Então, conheci o hardcore – e logo com o melhor do gênero. Agradeço até hoje ao Canisso por ter me dado o caminho certo do estilo.

5. “COWBOYS FROM HELL”, PANTERA 1990

Um amigo ganhou um vídeo da banda e assim conheci meu guitarrista preferido, Dimebag Darrell. A junção de rap e metal abriu um horizonte ainda hoje explorado pelo Raimundos.

Nasi

1. “SCHOOL’S OUT”, ALICE COOPER 1972

Apesar de eu ouvir coisas da Jovem Guarda e dos Beatles desde criança, Alice Cooper foi o primeiro choque de magia de rock and roll. Os discos School’s Out e Billion Dollar Babies (1973) me marcaram muito. Lembro que tentei ir ao show dele em 1974, quando eu tinha 12 anos, mas não consegui, porque a censura não permitia. Fiquei muito frustrado.

2. “YOU’VE LOST THAT LOVIN’ FEELIN’”, JOHNNY WINTER E EDGAR WINTER 1976

Esse disco dos dois irmãos albinos me

colocou em contato com o blues e com

a soul music. Acho o trabalho todo

impressionante por causa da mistura

de rock and roll, soul e blues.

3. “VAMBO MARBLE EYE”, THE SENSATIONAL ALEX HARVEY BAND 1973

Foi o que começou a fazer na minha cabeça a ideia de ter uma banda de rock. É um grupo escocês que pouca gente conhece, meio que um Frank Zappa punk. Eu o descobri fuçando os sebos do centro de São Paulo. Me marcou muito pelo jeito performático, pela teatralidade.

4. “I FOUND THAT ESSENCE RARE”, GANG OF FOUR 1979

O Gang of Four influenciou muito o Ira!, as composições e a ideia musical que a gente tinha no início da banda. Essa mistura que eles faziam de um funk meio punk, com acordes dissonantes, com ritmo sincopado... nunca tinha ouvido nada igual!

5. “KING OF ROCK”, RUN-D.M.C. 1985

Algo que mudou muito minha visão de música foi o Run-D.M.C. Ouvi pela primeira vez em 1984, quando um amigo trouxe um single de Nova York, acho que era “King of Rock”. Foi a primeira vez que tive contato com o rap. Creio que eles foram os primeiros a fazer uma mistura de guitarra de rock com uma levada de bateria mesclando rock com rap. Também poderia citar qualquer música do Raising Hell (1986), que para mim é um dos maiores discos da história da música popular.

6. “ONE”, JOHNNY CASH 2000

Sou muito fã dele. Descobri essa versão do sucesso do U2 na série de discos que ele lançou com Rick Rubin, American Recordings.

7. “GOIN’ DOWN SOUTH”, JON SPENCER BLUES EXPLOSION E R.L. BURNSIDE 1996

A última coisa que me marcou muito e me influenciou foi esse encontro. Eles fazem uma mistura de blues e hiphop, loopings de levadas de blues, guitarras e gaita que é um negócio incrível. O disco que eu fiz em 2005, Onde os Anjos Não Ousam Pisar, foi bem influenciado por eles.

Ed Sheeran

1. “CANNONBALL”, DAMIEN RICE 2002

Ir a um show do Damien Rice aos 11 anos mudou minha vida. Tive a chance de conhecê-lo depois de uma apresentação na Irlanda e ele foi incrivelmente legal. Voltei para casa e comecei a fazer músicas. Não estaria fazendo o que faço se ele tivesse sido babaca.

2. “LAYLA”, DEREK AND THE DOMINOS 1970

É um pouco clichê, mas Eric Clapton me faz querer tocar guitarra. Claro que ninguém toca como

ele, muito menos eu.

3. “STAN”, EMINEM 2000

Acredite se quiser, mas meu pai comprou o The Marshall Mathers LP para mim. Acho que leu uma matéria comparando Eminem a Bob Dylan, e ele amava Dylan,

então achou que seria bom. Não estava errado. Eminem ainda é meu rapper preferido.

4. “GUIDING LIGHT”, FOY VANCE 2013

É uma das minhas músicas preferidas dele. Quando começou a gravar seu primeiro álbum em anos, Joy of Nothing, Foy me convidou para gravar “Guiding Light” com ele. É um dos meus momentos de maior orgulho.

5. “A MILLION MILES AWAY”, RORY GALLAGHER 1973

Foi a primeira música que aprendi na guitarra. Diz a lenda que quando perguntaram a Jimi Hendrix como era ser o maior guitarrista do mundo, ele pediu que perguntassem a Rory Gallagher.

Mark Ronson

1. “WHO GOT DA PROPS?”, BLACK MOON 1993

No ensino médio, comecei a gostar de hip-hop underground de Nova York – gravava esses programas de rádio de fim de noite em uma fita. Ouvi essa música e tive de comprar o single. Foi o que me levou a virar DJ.

2. “CULT OF PERSONALITY”,LIVING COLOUR 1988

Na mesma época, eu tocava em bandas. Éramos cinco garotos da cidade – dois brancos e três negros, todos com 14 ou 15 anos. Tudo o que mais queríamos ser era o Living Colour.

3. “CUT THE CAKE”,THE AVERAGE WHITE BAND 1975

O lance deles com a guitarra rítmica era muito coeso.

4. “WORK”, GANG STARR 1998

Quando estava começando a fazer batidas, nada me influenciou mais do que querer

ser o DJ Premier.

5. “SUPERWOMAN (WHERE WERE YOU WHEN I NEEDED YOU)”,STEVIE WONDER 1972

Estava saindo com uma garota de Los Angeles e a relação não estava indo bem. Viajei até lá e ela me deu um pé na bunda, então comprei um piano elétrico barato e descobri como tocar essa música.

6. “REMEMBER (WALKIN’ IN THE SAND)”, THE SHANGRI-LAS 1964

Amy Winehouse tocou essa música para mim quando nos conhecemos. Eu a ouvi naquela noite e pensei nos acordes de piano para “Back to Black”.

Paulo Ricardo

1. “HELP!”, THE BEATLES 1965

Mais um bem-sucedido casamento de um grande álbum com um filme marcante. Fui assistindo aos poucos, em preto e branco, em reprises. Fui arrebatado, era aquilo que eu queria fazer da vida [risos]. Depois de Help! não comprei outro disco enquanto não completei a coleção dos Beatles. A beatlemania é uma doença incurável.

2. “EU SEI QUE VOU TE AMAR”, TOQUINHO, VINICIUS E MARIA CREUZA 1970

Me abriu o coração e os ouvidos para a poesia de Vinicius e as delicadas sutilezas da música popular brasileira. Muitos anos depois tive o privilégio da amizade de Toquinho, com quem lançarei o DVD Cabaret Vinicius ainda este ano. E, sim, gravamos “Eu Sei Que Vou Te Amar”.

3. “BLACK DOG”, LED ZEPPELIN 1971

Aquele ri me viciou em Led Zeppelin de tal forma que me tornei um peregrino, um dos muitos hippies que vagavam por São Paulo como zumbis de uma seita em busca de uma sessão maldita de Rock É Rock Mesmo (Led Zeppelin - The Song Remains the Same).

4. “LET’S GET IT ON”, MARVIN GAYE 1973

Não sabia direito o que era sexo, mas entendi tudo o que “marvelous” Marvin Gaye queria dizer. Me ensinou irreversivelmente que, sem um forte apelo sexual, a música popular não faz sentido.

5. “LONDON, LONDON”, CAETANO VELOSO 1971

“London, London” tocou incessantemente no meu walkman quando morei em Londres e imprimiu de forma indelével o apelo cosmopolita da bela canção do exílio de Caetano em sua fase Dylan. Ao incluí-la no show Rádio Pirata ao Vivo, ela mudaria minha vida.

6. “LOVE WILL TEAR US APART”, JOY DIVISION 1980

Hino niilista da geração 1980, marcou uma época de renascença no rock nacional e a simples menção de seu nome me leva [às casas noturnas] Carbono 14 e Madame Satã. Peter Hook é uma de minhas maiores referências como baixista, ao lado de Chris Squire (Yes) e Bernard Edwards (Chic).

Mavis Staples

1. “SINCE I FELL FOR YOU”, BUDDY AND ELLA JOHNSON 1945

Eu a cantei em um show de talentos no primário e meu tio me tirou do palco, me arrastou até a casa da minha avó e falou: “Ela está cantando blues na escola”. Levei a maior surra da minha vida!

2. “WHY (AM I TREATED SO BAD)”,THE STAPLE SINGERS 1965

Nos anos 1950, nove crianças negras tentavam integrar uma escola para brancos em Little Rock, Arkansas. Elas recebiam cusparadas e eram xingadas. Meu pai, Pops Staples, viu isso e disse: “Por que vocês as tratam tão mal?” E escreveu essa música. Era a preferida de Martin Luther King.

3. “A CHANGE IS GONNA COME”, SAM COOKE 1964

O grupo do Sam e o grupo do meu irmão Purvis faziam duelos de canto na igreja. “A Change Is Gonna Come” sempre me deixa com lágrimas nos olhos.

4. “YOU ARE NOT ALONE”, JEFF TWEEDY 2010

Tweedy compôs essa música para mim quando eu estava recomeçando, após a morte do meu pai.

Arnaldo Baptista

1. “ALL YOU NEED IS LOVE”, THE BEATLES 1967

É uma música na qual eles falam uma coisa muito interessante: “Ninguém nunca é capaz de fazer uma coisa que outra pessoa não possa fazer também, você só precisa do amor”. Para mim, isso faz vir à mente uma pessoa que ganhou os 100m rasos e pensa que ninguém mais na Terra vai conseguir.

2. “PERPETUAL CHANGE”, YES 1971

Gosto muito da música, ela tem um som maravilhoso. De certa forma, ela condensa a eternidade em função de momentos, fala que a mudança é perpétua em função desse momento.

3. “LEMON TREE”, PETER, PAUL AND MARY 1962

Interessante, [o limoeiro] é uma coisa que deve ser folclórica internacionalmente. Me faz lembrar daquela música que o Wilson Simonal cantou no Maracanãzinho, “Meu Limão, Meu Limoeiro”.

4. “LUCY IN THE SKY WITH DIAMONDS”, THE BEATLES 1967

A minha namorada chama-se Luci, então tento acoplar o sentido de tudo.

5. “ROCKET MAN”, ELTON JOHN 1972

A gente pode pensar que um cara que é pianista ou trabalha em escritório também pode ser um astronauta, um “rocket man”. Gosto de quando ele fala na letra que vai demorar muito tempo até pensarem que “não sou aquele cara que todo mundo pensa que eu sou”.

6. “SUNSHINE OF YOUR LOVE”, CREAM 1968

Eu às vezes ficava sem saber para onde iria na minha carreira como músico. Essa é uma canção que coloriu de uma forma mágica a minha vida artística. Ela me deu uma motivação.

7. “TAKE ME TO THE PILOT”, ELTON JOHN 1970

Além de ser maravilhosa de ouvir, com um balanço bonito, essa música fala que não importa quem você seja, o que quero é saber quem pilota sua mente, sua alma. Vejo como algo relacionado à motivação da vida.

8. “SOMETHING”, THE BEATLES 1969

Essa faixa traduz, em parte, o amor. Muitas vezes a gente vê uma pessoa bem na nossa frente e não consegue explicar o quanto essa pessoa é bonita.

1. “MOOD FOR A DAY”, YES 1971

Toquei muito essa música na adolescência, em Brasília, por causa da técnica. Isso foi quando eu estava começando a aprender coisas que iam além da bossa nova.

2. “IS THIS LOVE”, BOB MARLEY 1978

Gosto dela pela beleza e por causa da musicalidade natural do tema.

3. “DAYS”, TELEVISION 1978

Adoro a banda e o trabalho do Tom Verlaine como guitarrista. Ele é o antiherói da guitarra planetária.

4. “TEMPOS MODERNOS”, LULU SANTOS 1982

Acho esta uma linda canção, que tem uma ótima montagem dos acordes. E o aprendizado dela é muito legal.

5. “YESTERDAY”, THE BEATLES 1965

A princípio, essa faixa é vista como básica e simples. Mas ela é, provavelmente, uma das canções mais importantes da história.

6. “OPPORTUNITY”, ELVIS COSTELLO 1979

Trata-se de uma música fundamental dentro dessa estética de simplicidade do pós-punk.

7. “WON’T GET FOOLED AGAIN”, THE WHO 1971

Eis um ótimo exemplo de power chords. Nesse caso, são aqueles “acordesporrada” do Pete Townshend.

8. “SUNSHINE OF YOUR LOVE”, CREAM 1968

O Cream é a banda composta por Eric Clapton, Jack Bruce e Ginger Baker, que são três dos maiores nomes do rock and roll dos anos 1960. Eles são a nata, estão no topo dessa história. O trio é uma referência fundamental.

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