DEPOIS DE SUPERAR DIAS DIFÍCEIS, LUAN OLIVEIRA DEVE TUDO QUE TEM AO SKATE
LUCAS BORGES E ERIC HENDRIKX Publicado em 23/10/2015, às 10h27 - Atualizado às 10h35
Há três anos em ascensão na Street League Skateboarding, o gaúcho Luan Oliveira, de 25 anos, é hoje um dos maiores nomes do skate. Em 2015, ele venceu suas duas primeiras provas no campeonato profissional, nas etapas de Nova Jersey e Los Angeles, tendo se qualificado para disputar o título mundial, no início de outubro (ele ficou em 3º lugar). Mas foi preciso roer um “osso duro” até a consagração.
Como foi sua infância em Porto Alegre?
Andava o dia inteiro e às vezes nem comia porque não tinha dinheiro. De vez em quando, convencia uma loja a me pagar inscrições para campeonatos e passagens de ônibus para São Paulo e para o Rio de Janeiro. Eu vencia os torneios e vendia os prêmios para comprar mais passagens e comida. Então, minha avó morreu de câncer. Foi terrível para mim. Ela era a única família de verdade que eu tinha. Sabia que precisava sair da periferia e que o skate era a única forma para isso.
Você parece ser o tipo de cara que pratica esse esporte por algo além de campeonatos e patrocínios.
Tudo o que eu faço na vida tem alguma coisa a ver com skate. Agradeço ao skate por tudo. Por todoos amigos que eu fiz, todos os lugares que eu conheci e todos os fãs que estão torcendo por mim. Quando nasci, meus pais me deram para a minha avó e foram embora. É difícil não ter uma família para te apoiar ou te dizer o que fazer. O mundo do skate se tornou minha família. Sem isso, eu provavelmente ainda estaria vivendo na periferia ou talvez estivesse morto.
O que você mudou na sua performance para você ter conseguido vencer, pela primeira vez, etapas da Street League em 2015?
Comecei a correr bastante, praticar corrida, a cuidar mais do meu corpo e focar 100% no campeonato quando é o momento. E o que muda entre andar de skate na rua e nas pistas da competição?
Quando você anda na rua, tem o dia inteiro para praticar a manobra e tentar filmar. Na Street League, são só aquelas quatro horas, e pronto.
Quando você imagina que a transmissão de skate pela TV no Brasil vai ser popular como o futebol, por exemplo?
Sinceramente? Assim que colocarem o skate nas Olimpíadas, mas para mim isso não faz diferença e não tem muita importância.
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