Antes de tocar no Brasil, Magic Numbers sonha com os Beach Boys querendo abraçar os Beatles
Bruno Maia Publicado em 01/07/2007, às 00h00 - Atualizado em 21/08/2007, às 10h27
Em uma época em que o rock se volta para as pistas de dança e flerta com o eletrônico, a repercussão alcançada pelo Magic Numbers chega a surpreender. Com um som baseado em arranjos acústicos e doces melodias, os quatro ingleses conseguiram ser endossados por crítica e público, sem fazer o som da moda nem tampouco se valer da beleza física de seus integrantes. Composto por dois casais de irmãos rotulados, o grupo está na estrada desde 2002 e atualmente segue na turnê do segundo disco Those the Brokes, com vinda marcada para o Brasil.
"Eu adoro Caetano Veloso. Transa é um disco muito bom!", confessa o vocalista e líder Romeo Stodart, antes mesmo da primeira pergunta. "Tenho algumas compilações da Gal Costa, de Jorge Ben, a trilha sonora de Cidade de Deus...", cita. A relação da banda com a cultura latino-americana vai além e já vem de longa data. Romeo e a irmã e baixista Ângela moraram em Trinidad durante a infância com os pais. "Eu lembro das praias, das pessoas ouvindo reggae e calipso, mas isso não veio pra nossa música. Eu só vivi lá até os 10 anos", conta. As influências mais perceptíveis vêm de outras praias, principalmente as da Califórnia na década de 1960, de grupos como The Mamas & The Papas e Beach Boys. Romeo, que também é o principal compositor, não se dá o trabalho de desmentir quem acusa tal semelhança, muito pelo contrário. "Carl's Song" é uma música que recebi de Carl Wilson [falecido guitarrista do Beach Boys] em um sonho. Ele cantava a melodia e repetia a harmonia. Então, levantei da cama, peguei o violão e fiquei pensando que eu jamais imaginaria aquela seqüência de acordes sozinho! Da próxima vez, bem que poderia vir o John Lennon também, né?", brinca.
Por falar em Lennon, o Magic Numbers foi um dos convidados para participar da recente regravação do clássico Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band para a rádio inglesa BBC. Coube à banda refazer "She's Leaving Home". "Foi inacreditável, gravamos com o mesmo equipamento e com o mesmo engenheiro de som do disco original [Geoff Emerick]. Foi tudo gravado ao vivo, numa mesa de quatro canais. Não se podia errar, tínhamos que acertar de primeira!", conta.
Escalados para o Festival Indie Rock no Rio de Janeiro e em São Paulo, o Magic Numbers é um caso raro de banda estrangeira que, no auge da forma, topa sair da Europa durante a temporada dos grandes festivais de verão para fazer shows no Brasil. "Nós amamos tocar ao vivo, especialmente nesses festivais que têm uma atmosfera incrível", explica Stodart. "Mas por outro lado, a gente nunca esteve no Brasil antes e ter esta oportunidade agora também nos deixa muito empolgados."
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