O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirma que esse será o ritmo da dança com o governo: para cada dois licenciamentos ambientais concedidos, duas reservas ecológicas. É esperar para ver
André Deak Publicado em 09/06/2008, às 12h57
Colete verde, gravata bordada e fitinhas coloridas nos pulsos, devidamente escondidas por uma camisa branca manga longa, foram os trajes usados no primeiro dia de trabalho do novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. O estilo despojado combinou com o discurso repetido várias vezes durante o dia, no Palácio do Planalto, para jornalistas, e na Agência Nacional de Águas, onde encerrou o cerimonial da transição de cargo. Falou de técnicas orientais, de Raul Seixas e Chico Mendes, elogiou a antecessora, Marina Silva, e garantiu que "os amigos dela são meus amigos, os inimigos dela são meus inimigos", tentando convencer o Brasil e o mundo de que a luta em defesa do meio ambiente não será menor em sua gestão que na dela.
"Faz de conta que você está entrando no lugar do Pelé. E é importante lembrar que o Pelé não era insubstituível. Sei da tua relação com a Marina. Não estou tirando um estranho e colocando um estranho. Os dois militaram juntos. Só que um abria a janela e via a Amazônia, o outro abria e via a praia de Copacabana. As duas precisam ser preservadas", declarou o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dirigindo-se ao novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, durante sua posse, no final de maio. E completou: "A política ambiental do governo não mudará em nada".
Você lê esta matéria na íntegra na edição 21 da Rolling Stone Brasil, junho/2008
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