Ex-integrante da dupla Sullivan & Massadas abre selo e faz parceria com Carlinhos Brown
Bruno Natal Publicado em 01/03/2007, às 00h00 - Atualizado em 31/08/2007, às 19h00
Conhecido como uma das metades da dupla Sullivan & Massadas - crédito presente em boa parte dos lançamentos de maior vendagem do Brasil nos anos 80 - Michael Sullivan está de volta, desta vez como artista. Após anos morando nos Estados Unidos, o músico encurtou o nome artístico e ressurge com "Ver-Te Mar", faixa-parceria com Carlinhos Brown lançada no formato single pelo próprio selo de Sullivan, o Grafitti. Buscando trocar a pegada popular que marcou sua carreira por sonoridades mais alternativas, Sullivan combina soul com elementos eletrônicos e convidou os cariocas do Digitaldubs pra remixar a faixa.
"A maior parte das composições do disco nasceram dessa parceira com o Brown", explica Sullivan. "Encontrei nele a inquietude da experimentação, dos novos timbres, das linhas modernas com loops improváveis, deixando o meu lado soul totalmente livre para passear nos arranjos. É black music contemporânea, com todas as novas possibilidades que a música eletrônica permite", teoriza. Se a idéia é deixar para trás os tempos de hit maker dos outros, a canção escolhida para divulgar o futuro disco pode atrapalhar. "Ver-Te Mar" não é inédita: está no recém-lançado quinto disco do grupo de axé Babado Novo, que tem o mesmo nome da música.
Após iniciar a carreira num programa de calouros em Recife, mudar-se para o Rio, integrar Renato e Seus Blue Caps e The Fevers, a consagração de Sullivan veio quando conheceu o parceiro Paulo Massadas. Segundo o compositor, suas músicas venderam 60 milhões de discos, acumulando 50 discos de diamante, 270 de platina e 550 de ouro, e foram gravadas por Roberto Carlos ("Amor Perfeito", "Meu Ciúme"), Tim Maia ("Me Dê Motivo"), Fagner ("Deslizes"), Sandra de Sá ("Joga Fora"), Gal Costa ("Um Dia de Domingo"), Roupa Nova ("Whisky a Go-Go"), Xuxa ("Lua de Cristal"), além da sua criação, o Trem da Alegria, e de muitos temas de novela.
"Todo o sucesso que conquistei como compositor foi fruto de anos na estrada como artista", analisa Sullivan. "Meu termômetro sempre foi a reação do público. Isso me deu senso crítico pra avaliar o potencial de minhas composições. Voltar como artista é apenas um movimento natural desse ciclo", resume. Empolgado com o momento atual da música independente, Sullivan aposta na internet para voltar ao topo. "Talento não precisa ser maquiado. O público pode estar a um clique de descobrir novas obras e novas tendências. A internet devolveu aos artistas sua autonomia, auto-estima e vontade de apresentar coisas inovadoras", diz o artista, que planeja, mas ainda não tem um site pessoal.
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