Com show marcado no Brasil, Tom Jones fala sobre seu programa de TV, volta às raízes e Elvis Presley
Paulo Cavalcanti Publicado em 19/09/2016, às 13h29 - Atualizado às 13h39
Dono de um vozeirão capaz de derrubar paredes, o galês Thomas Jones Woodward, mais conhecido como Tom Jones, foi um dos mais populares cantores nas décadas de 1960 e 1970.
Cantando todos os estilos, ele também vendeu uma enormidade de discos no Brasil, mas nunca havia feito show nosso território. O artista de 76 anos vai estrear por aqui com um show em São Paulo (13/9, Citibank Hall). “Não sei o que aconteceu durante todas estas décadas para que eu não cantasse no Brasil. Meus amigos brasileiros falavam que eu deveria me apresentar no
país”, diz o cantor.
Antes de cantar as baladas com o estilo de Las Vegas, você começou profissionalmente em grupos que tocavam rhythm and blues. Agora, retornou às raízes. Como foi isso?
Em meus álbuns mais recentes [Praise & Blame, 2010; Spirit in the Room, 2012, e Lost Suitcaise, 2015], revisitei as raízes de R&B e de gospel de uma maneira mais crua e direta. Agradeço muito ao [produtor] Ethan [Johns] por ter me colocado neste caminho novamente.
Você é um dos poucos amigos que Elvis Presley teve no mundo artístico. Em Long Lost Suitcase, você gravou “Elvis Presley Blues”.
Essa fantástica canção foi gravada originalmente pela Gillian Welch. Agradeço novamente ao Ethan por ter descoberto a faixa e tê-la colocado em meu repertório.
Conte um pouco sobre a época de This Is Tom Jones (1969-1971), programa de variedades que foi exibido no mundo todo em horário nobre, inclusive no Brasil.
Foi uma enorme honra receber tanta gente que marcou época. Tive a oportunidade única de fazer duetos com os maiores – Ray Charles, Janis Joplin, Aretha Franklin, Crosby, Stills, Nash and Young e outros. Toda semana tínhamos alguém diferente. Mesmo com tanta gente que eu adorava, me realizei cantando com o Jerry Lee Lewis, que foi minha primeira grande influência nos anos 1950.
Por que resolveu escrever a autobiografia Over the Top and Back: The Autobiography [lançada no ano passado]?
Eu sempre recebia convites nesse sentido, mas em minha opinião era muito cedo. Sempre achei que muita coisa ainda iria acontecer comigo na minha vida e carreira. Costumava falar: “Ainda é cedo”. Mas, depois de completar 75 anos, vi que era hora de contar meu lado da história. Foi bom lembrar minha juventude no País de Gales e também falar dos amigos que fiz no mundo artístico.
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