Deslocamento de fãs se revela principal problema das turnês sustentáveis
Andy Greene Publicado em 08/07/2008, às 16h05
Como até as bandas mais bem-intencionadas estão aprendendo, fazer uma grande turnê sem causar impacto ambiental é algo impossível. Quando o Radiohead tocou no Nissan Pavilion em Bristow (Virgínia), em 11 de maio, muitos fãs ficaram presos no trânsito durante até seis horas. O engarrafamento, causado em parte por uma tempestade, deixou os motoristas empacados nas ruas estreitas de acesso - com os motores ligados, lançando CO2 na atmosfera.
O fato por si só não é novidade. Mas antes de o Radiohead cair na estrada para sua atual turnê, a banda encomendou um estudo para avaliar os danos ambientais causados por suas duas últimas passagens pela América do Norte. A conclusão: o problema não é a banda - mas sim os fãs. O estudo revelou que 97% dos danos ambientais causados pelos shows de 2003 - quase 10 mil toneladas de CO2, o equivalente a 4 mil vôos transatlânticos - estavam relacionados ao público. A conclusão foi tão desmoralizante que o grupo considerou cancelar toda a turnê. "Se for possível reduzir em 10% os números relativos ao deslocamento dos fãs, é melhor do que qualquer providência que a banda possa tomar", diz Simon Miller, consultor da Best Foot Forward, que realizou o estudo do Radiohead.
Você lê esta matéria na íntegra na edição 22 da Rolling Stone Brasil, julho/2008
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